Chico Siqueira
Direto de Araçatuba
A Polícia Civil de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, anunciou a prisão do bacharel de Direito Gustavo Chalella, 30 anos. Ele foi condenado a seis anos de prisão em regime semi-aberto por estuprar a psicóloga R.B. em um hotel de luxo da cidade, em 2004. Ele se entregou na terça-feira, mas sua prisão só foi divulgada hoje. "Ele se apresentou espontaneamente, junto com seu advogado", disse o delegado Rubens Cardoso Machado Júnior, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Rio Preto.
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O crime ocorreu em junho de 2004, no apartamento 104 do Hotel Michelangelo, um dos mais luxuosos da cidade. O hotel foi reservado com exclusividade para a festa de aniversário de uma socialite e alguns quartos foram ocupados por convidados. A psicóloga R. B., moradora de Mirassol, cidade vizinha a Rio Preto, teria passado mal e foi levada por um empresário ao apartamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, outros três jovens teriam passado pelo apartamento e quando, a moça acordou, percebeu que Chalella estava sobre ela e que havia sido estuprada. O empresário que levou a psicóloga para o quarto foi absolvido.
Chalella foi absolvido em primeira instância, mas o promotor de Justiça Marcos Antonio Lélis Moreira recorreu da sentença e, em agosto deste ano, o Tribunal de Justiça o condenou a seis anos de prisão em regime semi-aberto. De acordo com Machado Júnior, ele aguarda vaga no semi-aberto detido na Cadeia Pública de Monte Aprazível, para onde foi levado na manhã desta terça-feira.
Tráfico
Além da condenação por estupro, Challela é uma das 22 pessoas denunciadas pelo Grupo de Atuação Especial para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco) por associação para o tráfico. Ele faria parte da quadrilha liderada por Israel Domingues de Oliveira, o Barão do Ecstasy, preso em 2005, na Operação Laranja Mecânica, que resultou numa das maiores apreensões de ecstasy do País.
Oliveira é suspeito de levar cocaína para a Holanda e trazer ecstasy que era vendido em festas do interior e da capital do Estado. Challela seria integrante do braço da quadrilha responsável pela entrega de lança-perfume nas festas da sociedade.
O processo sobre o caso, que aguarda a manifestação dos advogados de defesa, deve ser concluído ainda este ano. O advogado Fernando Fukussawa, que defende Challela, não foi localizado para comentar o assunto.
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