sexta-feira, 27 de maio de 2011

Beatlemaníacos analisam set list do show de Paul McCartney

São eles Samuel Rosa, Márcio Borges, Marcelo Thomé e Thiago Corrêa

Com os 120 mil ingressos (metade para cada uma das noites) vendidos em poucos dias, a hora é de correr pro abraço. Neste domingo, no Estádio do Morumbi, Paul McCartney faz a primeira das duas apresentações de Up and coming tour em São Paulo, depois da estreia, no início deste mês, em Porto Alegre. Há 17 anos sem vir ao país, o ex-Beatle, que além de sir carrega o título de maior artista vivo da música popular, toca por quase três horas, sem demonstrar, em momento algum, o peso de seus 68 anos.


Além de farto material dos Beatles, McCartney enfatiza o repertório setentista dos Wings. Seu melhor álbum do período, considerado ainda o clássico da banda que manteve ao lado da mulher, Linda, teve seis de suas 10 canções incluídas: Band on the run, de 1973, remasterizado há pouco. A turnê, que conta com três dezenas de datas, tem um set list que vem se repetindo continuamente, com poucas modificações. No último fim de semana, em Buenos Aires, por exemplo, ele abriu o primeiro show com Venus and Mars/Rock show, também do Wings. No dia seguinte, no Estádio do River Plate, começou com Magical mystery tour, dos Beatles.


Pode ser assim em São Paulo, já que serão dois shows. Ou não. As apostas estão feitas. O Estado de Minas convidou quatro beatlemaníacos para comentar parte do repertório (com suas possíveis variações, a lista vem abaixo, na ordem de apresentação): Márcio Borges, autor de Para Lennon e McCartney (1970, em parceria com Lô e Fernando Brant); Samuel Rosa, líder do Skank, banda que na discografia produzida nesta década vem reforçando a influência dos Beatles; Marcelo Thomé, baixista e vocalista da banda cover Anthology, que desde o anúncio da vinda da turnê ao Brasil não tem tido sequer um fim de semana de folga; e Thiago Corrêa, vocalista do grupo Transmissor, outro que traz a banda inglesa em seu DNA. Dos quatro, somente Borges não estará no Morumbi neste domingo.

• Venus and Mars/Rock Show (do álbum Venus and Mars, de 1975)
Wings. Antológico. Inesquecível. Vou traduzir o que disse um fã no YouTube porque ele falou tudo que eu gostaria de dizer: "Paul McCartney = gênio! O mais genuíno, brilhante, espetacular, fabuloso, excelente, impressionante, fantástico, incrível, assombroso, encantador, imponente, boa-praça, boa-pinta e a maior personagem que jamais existiu. Não há palavras no universo que descrevam como ele é genial. Nunca me cansarei de ouvi-lo. Sempre abro um sorriso." Bom, esse é mais fã do que eu. (Márcio Borges)


• Jet (do álbum Band on the run, 1973)
Impecável pela produção e timbres maravilhosos como o fuzz (tipo de distorção) grandioso, além da sempre marcante melodia de Paul, que não sai da memória. Com uma veia meio hard rock mesclada com uma parte B claramente reconhecível do universo Beatle, essa música é uma espécie de "Beatles meets Van Halen" e com certeza influenciou uma estética que seria comum na década seguinte. (Thiago Corrêa)


• All my loving


• Letting go (Venus and Mars, 1975)Uma das minhas preferidas da época dos Wings. É também uma das mais subestimadas canções do Paul. Com seu riff de guitarra marcante e um ritmo envolvente, foi emocionante ouvir e ver este rock sendo tocado pelo próprio Paul a apenas alguns metros de distância. (Marcelo Thomé)


• Got to get you into my life ou Drive my car
• Highway
• Let me roll it/Foxy lady
• The long and winding road


• Nineteen hundred and eighty-five (Band on the run, 1973)
A música traz uma pitada do que poderia ter sido uma canção dos Beatles, porém sem o contraste necessário oferecido pelos outros integrantes do grupo. Com a doçura da parte marcante do piano e várias dinâmicas resultando num final grandioso, essa música com cara de clássico não chega a me empolgar. (TC)


• (I want to) Come home ou Let 'em in
• My love
• I'm looking through you ou I've just seen a face
• Two of us ou And I love her


• Blackbird (do Álbum branco dos Beatles, 1968)
O Álbum branco é ótimo para se ver a diferença de composição e assinatura de Lennon e McCartney. O disco é um rascunho do que viria a ser a carreira solo de cada um. Blackbird é dessa fornada, de uma fase bem folk em que ele, apesar de ser baixista, toca violão. Para mim é obra-prima. (Samuel Rosa)


• Here Today (do álbum Tug of war, 1982)
Segundo o próprio Paul, é a mais difícil de ser tocada nesta turnê devido à sua história: feita para John Lennon depois de sua morte, McCartney interpreta esta bela canção de forma magnífica. Em Porto Alegre, fui às lágrimas, pois é um dos momentos mais emocionantes do show. (MT)


• Dance Tonight (do álbum Memory almost full, 2007)
O multi-instrumentista Paul McCartney pega um bandolim e empolga toda a plateia não apenas pelo estilo sing-along da música, mas também pela despojada performance de seu baterista, Abe Laboriel Jr., que dança do início ao fim e rouba a cena. (MT)


• Mrs Vandebilt (Band on the run, 1973)
Essa também é do tempo do Wings, do álbum Band on the run, cuja música título, aliás, é bem melhor do que essa. É animada, batidona, mas não é nem de longe alguma das minhas prediletas do velho Macca. (MB)


• Eleanor Rigby
• Ram on
• Something


• Sing the changes (álbum Electric arguments, 2008, em que Paul assina The Fireman)
Essa música traz um sentimento que passeia pelo mundo do U2. Conheci-a na TV com o Paul se apresentando na marquise do Ed Sullivan Theater, em Nova York. A primeira coisa que pensei foi: “Como é que esse cara consegue ser tão jovem?” Sua vitalidade impressiona muito, além de sua voz, que pouco sofreu com o passar desses longos anos. (TC)


• Band on the run (Band on the run, 1973)
Não acreditei que estava assistindo a este clássico ao vivo. A reação não poderia ter sido diferente em todo o Beira-Rio: levou a plateia ao êxtase, que cantou e vibrou desde o primeiro acorde. Ótimo exemplo da qualidade técnica e do entrosamento total dos músicos que acompanham Paul nesta turnê. (MT)


• Ob-la-di, Ob-la-da
• Back in the U.S.S.R.
• I've got a feeling
• Paperback writer


• A day in the life (Sgt.Pepper’s lonely hearts club band, 1967) e Give peace a chance
Essa sim é uma canção 50% Paul e 50% John. Não fizeram a música juntos, mas emendaram duas partes: “Woke up, fell out of bed…”, meio alegrinha, do Paul com “I read the news today oh boy…” do John. É brilhante, pois mesmo assinada como parceria, você vê que são músicas bem diferentes. É ainda de uma outra fase dos Beatles, em que eles não estavam em busca do pop perfeito com refrão. (SR)


• Let it be


• Live and let die (composta para o filme homônimo de 007, de 1973)
É uma das músicas mais difíceis para se definir sem cometer um erro. Obra-prima do Paul, deve ser uma pedra no sapato dos ferrenhos desdenhosos de sua carreira pós-Beatles. Tem ainda todos os elementos marcantes da inigualável capacidade que o Paul tem para escrever melodias, aliada a um riff tão especial que, na minha opinião, remete e se equipara a emocionantes clássicos da música erudita, como o final da Nona sinfonia de Beethoven. (TC)

• Hey Jude (do compacto Hey Jude/Revolution, 1970)
É a expressão maior da melodia inerente na obra de Paul. Uma música que sintetiza e glorifica o senso melódico como valor eterno na cultura pop mundial. (TC)


BIS


• Day tripper
• Lady Madonna
• Get back


• Yesterday (do álbum Help! dos Beatles, 1965)
Foi um momento solene, uma pausa na avacalhação à Trapalhões daqueles quatro garotos travessos a correr pelas ruas de Londres fugindo de menininhas ensandecidas. Um poema sombrio e nostálgico, fora de contexto, de quem ainda nem tinha composto When I'm sixty four, menos ainda barrado os 70, mas já andava cheio de saudades de um "ontem" que seria o oposto metafórico do "dia que virá", tão cantado e decantado aqui na terra brasilis naqueles mesmos anos de Yesterday lá e ditadura cá... (MB)


• Helter Skelter (do Álbum branco, 1968)
Foi para provar que, antes mesmo de Ronaldo Bastos celebrizar a frase de efeito a respeito do disco Clube da Esquina de 1972, "os Beatles eram Rolling Stones". Mantras, Rajneesh, flower power e porrada! Essa é uma das músicas mais descaradas daquela época: “I'm coming down fast but don't let me break you" Helter Skelter significa barulho, confusão, trapalhada, e estava escrito a sangue nas paredes da casa onde foram encontradas as vítimas de Charles Manson. E alguns ainda dizem que Beatles não eram rock... (MB)


• Sgt. Pepper's lonely hearts club band (do álbum homônimo dos Beatles, 1967)
Assim como o disco, uma faixa revolucionária. Tudo o que está neste álbum é de extrema sofisticação até os dias de hoje, pelo tipo de música, pela capa, pelos temas abordados. São os Beatles deixando de ser adolescentes. (SR)


• The end

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sala de aula brasileira é mais indisciplinada que a média, diz estudo

Segundo pesquisa, estudantes brasileiros confiam menos em seus professores do que há dez anos


As salas de aula brasileiras são mais indisciplinadas do que a média de outros países avaliados em um estudo do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). O estudo, feito com dados de 2009 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que, no Brasil, 67% dos alunos entrevistados disseram que seus professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar um longo período até que a classe se acalme para dar prosseguimento à aula.



Entre os 66 países participantes da pesquisa, em média 72% dos alunos dizem que os professores "nunca ou quase nunca" têm de esperar que a classe se discipline. Os países asiáticos são os mais bem colocados no estudo: no Japão, no Cazaquistão, em Xangai (China) e em Hong Kong, entre 93% e 89% dos alunos disseram que as classes costumam ser disciplinadas. Finlândia, Grécia e Argentina são os países onde, segundo percepção dos alunos, os professores têm de esperar com mais frequência para que os alunos se acalmem. O estudo foi feito com alunos na faixa dos 15 anos.

Menos distúrbios
O estudo identificou que os distúrbios em sala de aula estão, em média, menores do que eram na pesquisa anterior, feita no ano 2000. "A disciplina nas escolas não deteriorou – na verdade, melhorou na maioria dos países", diz o texto da pesquisa. "Em média, a porcentagem de estudantes que relataram que seus professores não têm de esperar muito tempo até que eles se acalmem aumentou em seis pontos percentuais." Segundo o estudo, a bagunça em sala de aula tem efeito direto sobre o rendimento dos estudantes. "Salas de aula e escolas com mais problemas de disciplina levam a menos aprendizado, já que os professores têm de gastar mais tempo criando um ambiente ordeiro antes que os ensinamentos possam começar", afirma o relatório da OCDE. "Estudantes que relatam que suas aulas são constantemente interrompidas têm performance pior do que estudantes que relatam que suas aulas têm menos interrupções."

A criação desse ambiente positivo em sala de aula tem a ver, segundo a OCDE, com uma "relação positiva entre alunos e professores". Se os alunos sentem que são "levados a sério" por seus mestres, eles tendem a aprender mais e a ter uma conduta melhor, conclui o relatório. No caso do Brasil, porém, a pesquisa mostra que os estudantes contam menos com seus professores do que há dez anos. "Relações positivas entre alunos e professores não são limitadas a que os professores escutem (seus pupilos). Na Alemanha, por exemplo, a proporção de estudantes que relatou que os professores lhe dariam ajuda extra caso necessário cresceu de 59% em 2000 a 71% em 2009", afirma o relatório. Já no Brasil essa proporção de estudantes caiu de 88% em 2000 para 78% em 2009.

sábado, 21 de maio de 2011

10 perguntas respondidas sobre sexo anal

Pesquisa aponta que 57% das mulheres praticam; ainda assim, o tema é cercado por dúvidas

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e publicada recentemente no jornal Folha de S. Paulo apontou que 57% das mulheres brasileiras fazem sexo anal; 43% delas não praticam ou omitiram a resposta.

Mas apesar de a maioria praticar, diversas dúvidas sobre o tema ainda persistem. A redação do Delas, que recebe diariamente e-mails com perguntas sobre sexo anal, responde a dez perguntas frequentes.

Colaboraram os médicos: Otto Henrique Tôrres Chaves, chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, e Celso Marzano, urologista e diretor do Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade, de São Paulo.

1 - É mais fácil pegar AIDS por sexo anal?
Sim, pois a prática gera microtraumatismos na mucosa retal (revestimento interno) que servem como porta de entrada para o vírus.

2 - Praticantes de sexo anal têm mais chances de desenvolver fissuras ou hemorróidas?
Não. Esses quadros são consequências de mau funcionamento intestinal. Mas atenção: quem já apresenta fissuras ou está no período de inflamação da hemorróida pode sentir bastante dor durante o sexo anal. É melhor evitar.

3 - Mulheres que praticam sexo anal têm mais infecção vaginal?
Nada disso. Se tomar cuidado, não há perigo de desenvolver o problema. A principal recomendação é nunca realizar o sexo vaginal após a penetração anal e nem usar os dedos e acessórios para manipular a vagina depois de ter estimulado o ânus. Ao entrar em contato com a região anal, tanto o pênis como os dedos e brinquedinhos são contaminados com fezes ou secreções fecais. Essas secreções apresentam bactérias que podem causar “estragos” em contato com a vagina ou boca. Além da infecção vaginal, mais problemas podem ocorrer, como infertilidade, infecção da região da bacia e do abdome e até aborto em caso de gravidez.

4 - Sexo anal normalmente estoura a camisinha?
Mito. Isso só acontece se houver algum erro na forma de usá-lo. Para evitar problemas, o preservativo deve ser de boa qualidade e proporcional ao calibre do pênis.

5 - O sexo anal pode desencadear câncer no reto ou de intestino?
Boato dos grandes. Nenhum estudo mostrou a existência dessa possibilidade.

6 - Sexo anal dói muito?
Quando se insinua uma penetração anal os músculos locais se contraem como uma forma de defesa. Haverá dor se o casal não esperar que esses relaxem. Para o relaxamento ocorrer é preciso paciência, cumplicidade, confiança e carinho. Se o desconforto for muito intenso durante a relação o ideal é procurar um especialista.

7 - É muito difícil a mulher ter um orgasmo com sexo anal?
Não, mas é preciso que o casal tenha um maior aprendizado em relação a essa prática sexual. Para isso, nada melhor do que conversar com o parceiro e informar, por exemplo, suas preferências em relação à posição e velocidade de penetração.

8 - Fazer sexo anal com frequencia é prejudicial à saúde?
Se for praticado com delicadeza - e respeitando as normas de higiene e utilização de preservativo - não é prejudicial à saúde. O uso da camisinha é indispensável.

9 - É preciso fazer uma lavagem no reto antes de praticar sexo anal?
A higiene externa com água e sabonete é importante. Já a interna - chamada "enema" - é opcional.

10 - Sexo anal muda a atividade intestinal?
Esse ato sexual não interfere no hábito intestinal nem nos movimentos peristálticos (que ocorrem dentro do intestino).

O urologista Celso Marzano é autor do livro sobre sexo anal "O Prazer Secreto", Editora Éden.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Em site para achar amantes, 'elas não pagam' e homens são maioria

A rede social Second Love chegou ao Brasil nesta semana no mesmo clima das festas em que "elas não pagam". Focada em usuários que estão em um relacionamento mas buscam um "segundo amor" ou simplesmente uma aventura extraconjugal, a rede social, vista por muitos como um site para encontrar amantes, é gratuita para as mulheres, mas os homens têm que pagar para ter um perfil. "Tal como na vida real, em que em algumas discotecas existe a Ladies Night, nós decidimos fazer o mesmo modelo de negócio. Nós utilizamos esta estratégia nos outros países e funciona muito bem", disse ao Terra a porta-voz do site para o Brasil, Anabela Santos. E parece que a estratégia surtiu efeito: os homens são realmente atraídos a participar da rede. De acordo com a empresa, na Europa, a proporção de usuários é de sete homens para cada três mulheres.

Fugindo de qualquer tipo de polêmica, a porta-voz da empresa afirma que o objetivo do site não é incentivar a traição. "O objetivo é oferecer uma plataforma virtual online para pessoas que já estejam em uma relação e estejam à procura de outras pessoas para flertar, para terem mais atenção ou eventualmente para conhecer pessoalmente, se essa for a sua vontade. Muitas das pessoas que têm um relacionamento de longa duração têm necessidade de escapar da rotina e da monotonia que possam ter na sua relação atual."

Para os críticos do serviço, a porta-voz diz que "ninguém é forçado" a se cadastrar. "Não podemos nos esquecer que as pessoas se cadastram por variadas razões, algumas pelo flerte, outras para obter a atenção que já não têm do parceiro. O flerte acontece em todo lugar, e nós o trouxemos para o mundo online", afirma. Segundo ela, o que diferencia o Second Love de outras redes sociais como Orkut ou Facebook é o objetivo de quem procura o site. "As outras redes sociais são baseadas em conexões de amigos uns com os outros. No Second Love nós nos focamos nos usuários que querem conhecer novas pessoas que se encontrem na mesma situação: mulheres e homens que estejam casados, ou num relacionamento, e desejam viver uma aventura ou um namoro online com pessoas que estejam em condições similares para quebrar a rotina do casamento", diz a porta-voz.

Quem procura um site desse tipo provavelmente não vai querer que o parceiro ou a parceira descubra. E o modo de funcionamento da ferramenta contribui para manter o sigilo. "O usuário poderá comunicar-se anonimamente com os outros usuários sem utilizar o seu nome real. Os usuários têm também a opção de colocar uma foto privada e somente mostram a quem lhes interessar enviando-lhes uma senha de acesso", afirma Anabela. Além disso, todas os perfis e fotografias são verificados manualmente pela equipe do site. Imagens consideradas "indecentes" são imediatamente apagadas.

Lançado em 2008 na Holanda, o site está presente também na Bélgica, Portugal e Espanha, tem mais de 200 mil usuários cadastrados e vem crescendo, em média, 60% ao ano. O Brasil foi escolhido para ter uma versão própria do site porque o brasileiro "é um povo mais aberto e receptivo a novidades", segundo comunicado da empresa. Os responsáveis pela rede acreditam que o País será o mercado com o crescimento mais rápido do site, levado tanto pela densidade populacional quanto pelo crescimento da economia e pelo aumento de usuários de internet.

No Brasil, por enquanto, o site está apenas em uma primeira fase. Até o fim de junho, a rede social estará apenas realizando o cadastro dos usuários interessados para formar uma base de dados. Somente a partir de 1º de julho os usuários à procura do seu "segundo amor" poderão utilizar todas as funcionalidades da rede social.

GPS indica no celular se há alguém perto a fim de sexo

'Oi, vamos transar?' Parece exagero, mas é esse o único diálogo ao vivo traçado pelos adeptos de um aplicativo de smartphone que virou febre no mundo gay carioca. Estamos falando do Grindr, conhecido como "GPSexo". É só baixar o programa, botar uma foto (geralmente do peitoral ou do abdômen) e ativar o GPS. Na mesma hora, o Grindr indica onde está o parceiro em potencial mais próximo.

Por enquanto o aplicativo só existe com o foco no mundo gay, mas há algumas semanas a empresa responsável pelo produto - conhecida como Project Amicus - anunciou que vai lançar ainda neste inverno a versão para heterossexuais. Os héteros interessados já podem se cadastrar na lista de convidados em www.projectamicus.com. No Brasil, 14.044 pessoas já usam o Grindr no iPhone, iPad, iPod ou Blackberry.

"No perfil, a gente já conta mais ou menos o que curte na cama. Quando você vê alguém interessante perto, manda uma mensagem e geralmente a pessoa responde com foto dos órgãos genitais e do rosto para você conferir se está do seu gosto. Aí você marca um ponto de encontro, por exemplo, na casa de um dos dois. Quando chega, não tem nem conversa. É 'oi, vamos lá?' se gostou do que viu, ou então 'foi bom te conhecer, a gente marca algo depois', se você se decepcionou", detalha o usuário 'Cat carioca', de 27 anos.

O produtor já saiu com mais de 10 homens que conheceu no programa. Inclusive namorou um casal gay que conheceu online. "Nas festas é uma loucura! Todo mundo com o seu celular na mão de olho nos arredores. Muito gay usa, mas não fala abertamente sobre o assunto porque sabe que pode pegar mal", admite 'Cat'.

O programa tem duas versões: uma gratuita e outra que custa US$ 2,99 (aproximadamente R$ 4,7) por mês e permite a visualização de mais usuários. Na versão comum, ao fazer o login (informando idade, altura e peso), surgem na tela 20 fotos de homens próximos.

"É um aplicativo para transar. Quando alguém começa a conversar demais, o outro responde 'Isso não é Facebook, não'. Só dá para falar com uma pessoa de cada vez. Se você gosta de alguém, coloca uma estrelinha nele e ela sempre aparece na tela principal. Mas vou te contar: com o tempo enjoa. É muito vazio. Não traz felicidade uma pegação tão fácil, esgota".

Mulheres querem mais informação sobre parceiros
O criador do Grindr, o americano Joel Simkhai, 33, disse ter recebido dezenas de milhares de pedidos de mulheres por uma versão heterossexual e voltada para elas, sem tanto foco apenas nas fotos e na proximidade geográfica. "A versão para héteros vai dar mais espaço para informações, pois as mulheres precisam conhecer o parceiro melhor antes de pensar em ter qualquer coisa", explica Simkhai.

Já os gays, segundo Joel, são interessados em contatos mais ágeis, por isso a localização é tão importante: "Os sites de encontros atuais só chegam ao nível de detalhe 'cidade'. E se tiver alguém interessante do outro lado da rua?".

O foco na localização geográfica dos usuários é tendência na maioria das redes sociais. No Facebook e no Twitter, por exemplo, é comum os usuários informarem onde estão aos seus amigos virtuais. O Grindr segue a moda e sofistica o sistema, só que com um intuito sexual.

O aplicativo foi lançado em março de 2009. Hoje são mais de 1,5 milhão de usuários em 180 países. As cidades onde faz mais sucesso são Londres e Nova York. Mas muitos 'gringos' fazem uso do programa quando vêm ao Rio. Há ainda uma versão para lésbicas, chamada Qrushr Girls. Diariamente, 2 mil pessoas se inscrevem no serviço. No Brasil o uso do aplicativo começou a crescer rápido nos últimos 6 meses.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Site lista as 50 capas de álbum mais estranhas de todos os tempos

http://musica.terra.com.br/fotos/0,,OI154288-EI1267,00-Site+lista+as+capas+de+album+mais+estranhas+de+todos+os+tempos.html

Detetive cita sete pistas para identificar homens e mulheres que traem

Esqueça aqueles velhos clichês de novelas e filmes dos anos 80 em que a esposa desconfiada investiga os pertences do marido até achar uma malfadada mancha de batom no colarinho da camisa ou um comprovante de cartão de crédito com nome de motel. Hoje em dia, os batons têm melhor qualidade, os motéis se escondem sob a sutileza de uma razão social pouco sexy e os infiéis estão um pouco mais atentos para não deixar pistas tão evidentes da traição.

Mas mesmo assim, segundo a detetive particular Angela Bekeredjian, de São Paulo (SP), ainda é possível perceber sinais que indicam a infidelidade do outro. “Namorados, noivos ou cônjuges têm seus próprios costumes e particularidades que somente os dois podem entender. Quando um ou outro muda seu jeito de ser, é bom ficar alerta. A mudança pode ser sutil e, em muitos casos, não é para pior, mas para melhor”, conta.

Há quase 50 anos investigando homens e mulheres que traem, “Angela Detetive”, como é conhecida, cita uma mudança de comportamento que pode ser suspeita. “Um bom exemplo é o marido que passa a encher a esposa de presentinhos sem motivo especial”, afirma.

Foi o que aconteceu com a artista plástica curitibana Marina Vicente, de 35 anos. “Meu ex-marido, de repente, começou a me trazer bombons, flores, revistas importadas carérrimas e outros presentes sem motivo algum. Comecei a desconfiar, pois ele sempre foi pão-duro. Resolvi segui-lo e confirmei a suspeita: tinha outra na jogada”, revela.

A neuropsicóloga Gislaine Gil, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo (SP), diz que hoje em dia as mulheres traem tanto quanto os homens. “Isso acontece principalmente com as mais novas, pois a conquista do mercado de trabalho ampliou as oportunidades de trair. Para elas, há uma ‘vitrine’ tentadora de homens”, conta.

Segundo Angela, as mulheres também são mais cuidadosas para não levantar suspeitas. “Enquanto levo duas semanas para provar que um homem está tendo um caso, posso demorar meses para comprovar a traição de uma mulher. Elas não são óbvias”, diz.

Para a psicóloga e terapeuta Erica Brandt, de São Paulo (SP), quem comete uma infidelidade passa a demonstrar “valorização da aparência em todos os sentidos e um estado diferente de alegria”.

A pedido do UOL Comportamento, a detetive particular Angela Bekeredjian revelou sete pistas para identificar homens e mulheres que traem. Apesar de indicarem a possibilidade de o outro estar vivendo um caso extraconjungal, a investigadora recomenda cautela na hora de tirar conclusões, pois algumas mudanças de comportamento podem, na verdade, significar uma fase de cansaço ou crise em algum aspecto da vida.

SETE PISTAS PARA IDENTIFICAR HOMENS E MULHERES QUE TRAEM

1. Os homens costumam ficar mais avoados e distraídos, com o pensamento distante
2. Ele passa a ouvir músicas românticas, diferentes do estilo habitual, inclusive aquelas que sempre detestou
3. Compra cuecas e meias novas – até então, a mulher se encarregava disso
4. De uma hora para outra, fica organizado: para de deixar as roupas espalhadas e de esquecer o celular
5. Ficam indispostos para sair, alegando falta de dinheiro, dor de cabeça ou preocupação excessiva. Estão sempre tensos
6. Embora tente disfarçar, o apetite sexual masculino diminui. Pelo menos, com a “oficial”
7. Dão presentes e flores sem nenhum motivo especial e ligam ou mandam e-mails para saber se “está tudo bem”

1. Com a autoestima elevada, as mulheres ficam mais fogosas e dispostas a experimentar novidades na cama
2. As mulheres que cozinham bem passam a cozinhar melhor. As que não sabem fritar nem um ovo, de repente, passam a promover jantares
3. Começam a dizer que fizeram novas amigas, e para poder se encontrar com o amante, dizem que vão sair com “elas”
4. A mulher fica mais atenta a tudo, principalmente aos cuidados com a casa
5. Embora seja mais discreta, a mulher se sente valorizada por ter um amante, e isso a torna mais confiante
6. Para compensar as "puladas de cerca" e evitar que o parceiro descubra, ela fica mais carinhosa
7. Usa o celular sem falar o nome do interlocutor e mais ouve do que fala

O HOMEM QUE TRAI FICA EXTREMAMENTE NERVOSO QUANDO:
1. A mulher, em um misto de sutileza e cinismo, faz perguntas como: “Eu seria capaz de matar se soubesse que estou sendo traída. E você, perdoaria uma traição?” ou “Acho que Fulano está traindo Beltrana. Ele é muito mau caráter, não acha?”
2. A mulher ou namorada avisa que vai buscá-lo no trabalho bem no dia daquela “reunião” que vai acabar muito tarde
3. A “outra” liga. Em geral, os homens tentam assumir um tom de voz mais formal para disfarçar e até se referem à amante como “Sr. Fulano”, mas a modulação da voz entrega que estão conversando com uma mulher

A MULHER QUE TRAI FICA EXTREMAMENTE NERVOSA QUANDO:
1. Alguém comenta que a viu na rua. “Sério? Onde? Quando? Tem certeza absoluta que era eu?”
2. O parceiro pergunta em que ela está pensando
3. As amigas mais íntimas comentam com o parceiro que ela está distante e ausente

terça-feira, 10 de maio de 2011

No mês das noivas, DJs selecionam músicas que não podem faltar na festa de casamento

Noivos que ficam na pista de dança é sinônimo de festona. Essa é a máxima defendida pelo DJ Diego Briganti, da DB2 Produções, responsável por cerca de 45 festas de casamento por ano. Antes tido como opção mais econômica do que uma banda para a celebração, hoje o DJ conquistou seu espaço nas festas.

A variedade de sons que um DJ pode levar para a comemoração garante música durante a noite toda. "Temos quase sete décadas de música a serem exploradas. Um bom DJ vai imprimir o ritmo da festa, acelerando ou diminuindo o ritmo e a intensidade. E a participação do casal é fundamental. Noivos que ficam parados é sinônimo de festa parada", ressalta Diego.

Para ele, DJ ainda pode ser uma analogia para música eletrônica, mas uma festa de casamento vai além da canção da moda. "Temos todos os públicos nessas festas, dos amigos aos familiares, filhos ou avós", ele lembra. Por isso, é possível seguir as tradições fugindo dos clichês. "Existem clássicos regravados por intérpretes famosos e remixes para versões tradicionais", indica ele, cujos serviços variam entre R$ 2.500 a R$ 6.500.

"O momento é de extrema alegria, por isso o DJ precisa fazer a leitura da festa e tirar dali o máximo de emoção das pessoas", explica o DJ Milton Chuquer, que já tocou em festas do empresário Abilio Diniz, da modelo Isabella Fiorentino e da milionária Athina Onassis, e tem agenda cheia até maio de 2012 com cachê de até R$ 8 mil.

Milton não inclui axé, sertanejo ou pagode em suas seleções, mas garante que respeita o gosto dos noivos. "Eu não acho que exista um playlist exato e rígido, e que sirva para todas as festas, mas há algumas faixas que gosto de tocar e sempre funcionam", ele diz, citando músicas de Michael Jackson, Florence & The Machine e Kings Of Leon.

Para Sônia Abreu, a primeira DJ mulher da noite paulistana, a seleção deve ser "eclética e ter um pouco de tudo baseado no perfil dos noivos". "Classifico um DJ de casamento como DJ social. Ele deve conhecer os anos 60, 70, 80, 90, 2000. Para uma boa festa é preciso estar atualizado e não ter preconceito musical", diz ela, que está nas picapes desde 1964 e faz cerca de um casamento por semana.

A chave do sucesso de uma festa de casamento, segundo Diego Briganti, é conhecer o gosto musical de seus convidados para que eles participem da celebração. "Envie um e-mail para os amigos, padrinhos e madrinhas, pais e mães, perguntando o que gostariam de escutar. Isso ajuda os noivos a escolher ou pensar melhor na repertório musical", indica.

Veja abaixo o Top 10 das festas de casamento segundo os DJs e clique aqui para ouvir uma seleção montada pela Rádio UOL com as sugestões:

Diego Briganti
1 - Michael Buble - "Love"
2 - Frank Sinatra e Bono Vox - "I Have Got You Under My Skin"
3 - Robbie Williams - "Beyond The Sea"
4 - Frank Sinatra - "The Way You Look Tonight"
5 - Queen - "Crazy Little Thing Called Love"
6 - Hermes House Band - "Can't Take My Eyes Off Of You"
7 - Gigi D'Agostino - "I'll Fly With You"
8 - Black Legend - "You're The First, The Last, My Everything"
9 - RPM - "Olhar 43"
10 - Erasure - "A Little Respect"

Milton Chuquer
1 - DJ Memê - "The Ones You Love" (mix)
2 - Florence & The Machine - "Dog Days Are Over"
3 - Kings Of Leon - "Use Somebody"
4 - Dennis Ferrer - "Hey Hey"
5 - Soul Central - "Strings of Life"
6 - Phoenix - "Lisztomania"
7 - Alfredo Azetto - "Colors X Feel What You Want"
8 - Myommi - "Sun In My Eyes"
9 - Eric Morillo - "Live Your Life"
10 - Michael Jackson - "Black or White"

Sônia Abreu
1 - Bob Sinclair - "Love Generation"
2 - Billy Paul - "Your Song"
3 - Black Eye Peas - "I Gotta Feeling"
4 - Club de Bellugas - "Mambo Italiano"
5 - Shirley Bassey - "Properlerhands"
6 - Amy Winehouse - "Rehab" (remix)
7 - Barry White - "You're The First, The Last, My Everything"
8 - Edward Maya - "Stereo Love"
9 - Abba - "Dancing Queen"
10 - Village People - "Macho Man / YMCA"

http://musica.uol.com.br/ultnot/2011/05/09/no-mes-das-noivas-djs-selecionam-musicas-que-nao-podem-faltar-na-festa-de-casamento.jhtm

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Steven Tyler admite já ter feito sexo com homem

A autobiografia de Steven Tyler, Does The Noise In My Head Bother You?, tem uma série de confissões sobre a vida pessoal do controverso vocalista do Aerosmith. Que ele chegou a ser chamado para cantar no Led Zeppelin, que torrou US$ 20 milhões em drogas, que fez reabilitação em uma clínica ao lado do pai de Caleb Followill, do Kings of Leon. Mas, sem dúvida, a revelação mais bombástica é o texto no qual o astro admite já ter feito sexo com outro homem na juventude. As informações são do site da revista Spin.

"Eu experimentei sexo gay quando era mais jovem, mas não me deixou satisfeito", escreveu o cantor, garantindo não ter insistido na prática. "Sexo gay não funciona para mim".

Tyler também admitiu ter compartilhado a cama com seu parceiro de banda, o guitarrista Joe Perry, e outras mulheres. "Eu me lembro de uma noite na estrada em que eu e Joe estávamos dividindo a mesma cama com duas garotas e acordei de manhã com um prato especial de frutos do mar...caranguejos para todos!".

http://diversao.terra.com.br/gente/noticias/0,,OI5113305-EI13419,00.html

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sorriso de Monalisa


Blogueira desvenda o segredo de Megan Fox e ensina um truque para ficar sempre linda nas fotos

Nem sorrisão escancarado sempre, nem cara sexy e fatal all the time.
Se você é poser até não poder mais e quer passar um ar de sedução em suas fotos, faça como Megan Fox: lábios entreabertos, não deixando transparecer um sorriso com todos os dentes à mostra, mas também não adotando uma expressão totalmente séria. Claro que o conjunto da obra ajuda, mas a dica funciona. Vai treinando na frente do espelho e em auto-retratos que você pega o jeito.

Arquiteto cria nova forma de colocar camisinha; veja

http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/910570-arquiteto-cria-nova-forma-de-colocar-camisinha-veja.shtml

Abrir a embalagem de um preservativo e colocá-lo pode se transformar em uma tarefa difícil em alguns momentos. Foi depois de passar por essa dificuldade que o arquiteto Beau Thompson criou um sistema simples e curioso.

Ele é o inventor do "Sensis condoms", um modelo inovador que possui duas tiras de plástico que servem para descer a borracha. Ele peregrina de bar em bar mostrando a sua invenção e surpreendendo homens e mulheres com a simplicidade da ideia que, segundo ele, ajuda muito nas noites em que se bebe além da conta.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Couch Surfing: boa pedida para economizar e conhecer pessoas

Conhecer o mundo - ou o Brasil - gastando pouco é o sonho de muitas pessoas. Melhor ainda é poder conhecer lugares fantásticos e até pouco usuais na companhia de um anfitrião local, que possa mostrar restaurantes, bares e pontos de interesse geralmente desconhecidos da maioria dos turistas.


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Baseando-se nestas premissas é que foi criada a comunidade Couch Surfing (Surfando Sofás, em inglês), um misto de rede social, como o Orkut ou Facebook, mas com um propósito maior do que manter amigos em contato - o objetivo do site é promover novas amizades e um maior entendimento entre as culturas do planeta por meio de viagens e encontros entre pessoas com interesses similares.

Os interessados em participar da comunidade se cadastram gratuitamente no site e disponibilizam informações sobre seus gostos e atividades. Além disso, podem selecionar se têm ou não o interesse de receber visitantes em sua casa. Há também a opção de apenas conhecer pessoas que estejam de passagem por sua cidade. Ninguém é obrigado a nada e, mesmo disponibilizando o sofá para visitas, o participante tem total controle sobre quando e quem quer hospedar.

Conforme se cria uma rede de amigos que participam do Couch Surfing, o "surfista" vai recebendo recomendações e pontos de crédito que atestam sobre seu caráter e tornam os novos contatos mais seguros, o que facilita a oferta de estadias grátis quando se está viajando.

"O site Couch Surfing possui uma estrutura muito bem planejada e, pelo perfil da pessoa, você pode ficar mais ou menos seguro de ter contato com alguém. Por lá, você consegue ver o histórico das últimas pessoas com quem o seu futuro anfitrião ou surfista teve contato e os comentários a respeito. Quanto mais experiências e mais comentários, maior a segurança", explica Ricardo Abuhab, gerente de marketing de uma multinacional do ramo de bebidas e morador de Fortaleza.

Abuhab, de 33 anos, tem experiência no assunto. Mochileiro ávido, o rapaz já rodou mais de 50 países em cinco continentes. Além disso, desde 2008, quando se inscreveu na rede, já hospedou mais de 10 surfistas estrangeiros em seu apartamento e foi hospedado gratuitamente quatro vezes em países tão diversos quanto a África do Sul, Cingapura, Estados Unidos e Bielorrússia.

Além do trabalho de marketing e da extensa lista de viagens, Ricardo apresenta de forma voluntária um programa semanal sobre Rock - uma de suas paixões - em uma rádio de Fortaleza. Sua diversidade de gostos e interesses o tornam um anfitrião ou "surfista" altamente sociável e com quem é muito fácil interagir - características que contam muitos pontos quando você se dispõe a passar alguns dias na casa de um estranho ou receber desconhecidos em sua casa.

"Me inscrevi na comunidade pela oportunidade de conhecer pessoas locais quando viajo, que não pertencem à indústria de turismo. Isso me permite entender um pouco a realidade e perspectiva de pessoas de cada país que visito. Geralmente, o turista tem contato apenas com profissionais do turismo e conhecer pessoas locais fora desse meio é muito difícil. Por outro lado, quando se recebe alguém, é o momento de poder retribuir e mostrar um pouco de um Brasil que nós vivemos, longe das armadilhas turísticas que o estrangeiro está arriscado a cair", conta Ricardo.

Jovens mochileiros há décadas contam com uma ampla rede de albergues da juventude espalhada pelo mundo, mas além de preços que podem beirar os 30 euros por noite para uma cama em quarto compartilhado em alguns países, ao se hospedar nesses estabelecimentos, o viajante tende a ter contato somente com outros turistas.

"Uma das experiências mais gratificantes que tive foi quando me hospedei na casa de um americano em outubro de 2010, que eu havia hospedado na minha casa em Fortaleza um ano antes. Eu passei cinco dias em Chicago e ele preparou uma agenda cheia de atividades para garantir que eu realmente gostasse do meu 'surfe'. Ele me levou a shows de blues, fez um tour pelos lugares legais de Chicago a que nem todo turista tem acesso, além de uma rodada por restaurantes e bares da cidade. Havíamos ido de bicicleta ¿ Chicago é uma cidade praticamente plana. O difícil foi voltar para casa após irmos a seis bares em uma noite. Resultado: deixamos as bicicletas presas em um poste de luz e voltamos de táxi", diz Ricardo, rindo.

Experiências como as de Ricardo trazem para a viagem muito mais do que simples economia com hospedagem. Elas proporcionam a oportunidade de se experimentar um destino como uma pessoa local e criar vínculos que podem durar toda a vida.

Quando as coisas não dão certo
Nem tudo, no entanto, necessariamente dá sempre certo quando se recebe ou se hospeda na casa de estranhos ¿ anfitriões que vivem em casas imundas ou hóspedes folgados são coisas inesperadas que podem ocorrer. É sempre bom ter um plano de reserva para caso as coisas não saiam conforme o previsto.

"Não diria que tive uma experiência ruim com a comunidade, mas uma vez hospedei um argentino e uma francesa ao mesmo tempo na minha casa e ela não se deu bem com o argentino. Como ela iria ficar apenas uma noite e ele três, paciência, na manhã seguinte ela foi embora e tudo seguiu normalmente", diz Ricardo.

Segundo o gerente de marketing, uma das coisas que mais merecem atenção antes de decidir sobre o contato com outro participante são as recomendações feitas por outros em relação à pessoa.

Segurança é fundamental em contatos iniciados no mundo virtual e, se por um lado é impossível estar totalmente seguro sobre alguém com quem você está lidando, por outro, o Couch Surfing busca aumentar a probabilidade de contatos seguros por meio de um sistema no qual os demais membros endossam o participante. O sistema melhora a confiabilidade, mas também significa maior dificuldade em se tornar ativo no começo.

"Para quem está começando, às vezes é difícil ganhar experiências, aí segue a dica de ir para os encontros promovidos pelo que chamamos de embaixadores, que nada mais são do que encontros em bares e baladas promovidos por usuários mais experientes. E vale a regra: se tiver dúvida, não tenha contato", adverte Ricardo.

Inglês
O Couch Surfing é uma comunidade internacional e a grande maioria dos participantes é estrangeira. Isso não quer dizer que não haja brasileiros na rede. O site conta atualmente com mais de 30 mil membros no Brasil, o que significa boas oportunidades de viajar e conhecer pessoas de outras partes do país sem a barreira do idioma.

Falar inglês ou outra língua estrangeira, entretanto, enriquece a experiência e amplia muito a oportunidade de "surfar" ou receber membros de outras nacionalidades.

"Recomendo o Couch Surfing para pessoas que buscam interagir e realmente aprender sobre outras culturas, tanto viajando quanto literalmente sem sair de casa. Falar inglês é muito importante. Para quem está aprendendo ou quer manter, é também uma excelente oportunidade de praticar", afirma Ricardo.