segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
PT rumo ao centro; e oposição na UTI
publicada sexta-feira, 25/02/2011 às 10:43 e atualizada sexta-feira, 25/02/2011 às 10:13
por Rodrigo Vianna (do blog Escrevinhador)
Dias atrás, escrevi um modesto balanço, centrado nas ações econômicas de Dilma nos primeiros dias de governo. Clique aqui para ler Dilma – balanço 1.
Agora, faço um balanço político.
Os sinais evidentes emitidos por Dilma são de um governo que ruma para o centro. Isso já estava desenhado desde a campanha eleitoral de 2010. Lula havia feito movimento semelhante, ao escolher José Alencar para vice e ao lançar a “Carta aos Brasileiros”, em 2002. Mas o movimento de Lula rumo à centro-esquerda não tinha nitidez institucional. Ele se aproximou de personagens avulsos no mundo empresarial (além de Alencar, Gerdau e Diniz), e não fechou aliança formal com PMDB, mas apenas com pequenos partidos conservadores: PL (depois PR), PTB e PP. Fora isso, Lula manteve-se firme (fora da cartilha liberal) na relação com movimentos sociais e na política internacional – além de ter adotado ações econômicas keynesianas (para irritação dos economistas e colunistas atucanados) no segundo mandato.
O movimento de Dilma é mais claro, mais institucional. Michel Temer na vice. PMDB na aliança formal. Isso tudo já estava desenhado. O início de governo aprofundou esse movimento. Ao adotar, agora, prática econômica apoiada pelos liberais, Dilma capturou a simpatia (real? duradoura?) de setores da mídia que estiveram fechados com Serra durante a campanha. Faz o mesmo em relação à política internacional (menos “terceiro-mundista” do que Lula, como comemora a “Folha” em editorial nessa sexta-feira). E já há sinais de que o governo pode abandonar a proximidade estratégica que mantinha com movimentos como o MST (sinais que vêm de dentro do INCRA, por exemplo – a conferir).
É um movimento claro: Lula já ocupara a esquerda e a centro-esquerda; agora, o projeto petista expande-se alguns graus mais – rumo ao centro!
Isso sufoca a direita e a oposição. E aí chegamos a outro ponto importante. Não é à toa que Kassab movimenta-se para romper com o demo-tucanismo e aderir ao lulismo. Kassab sente-se sufocado e percebe que pode perder suas bases conservadoras para o lulismo. O melhor, talvez, seja juntar-se a esse impressionante movimento político (o lulo-petismo) que – nascido na esquerda - capturou a centro-esquerda e agora se expande rumo ao centro.
Vejam o tamanho da hecatombe vivida pela oposição. Katia Abreu, a chefe ruralista, deve seguir os passos de Kassab, rompendo com o condomínio PSDB/DEM. Katia deu entrevista à “Folha”, avisando: “a oposição está na UTI”. Kassab vai levar com ele quase duas dezenas de deputados federais do DEM, 3 ou 4 do PPS e mais alguns tucanos desgarrados. A oposição vai minguar. Essa gente toda deve-se acomodar num “novo” partido, mas o projeto final é terminar no PSB de Eduardo Campos (partido que desde 1989 integra a base lulista).
Esse movimento de ocupação do centro pelo lulismo é fruto, também, dos erros de Serra durante a campanha de 2010. Muita gente avalia que a votação expressiva (de 44 milhões de votos no segundo turno) signficou uma meia-derrota para o paulista da Mooca. Do ponto de vista numérico e eleitoral, isso é verdade. Mas a derrota política de Serra foi acachapante.
Vejamos. Serra abriu mão de defender o programa liberal e privatizante do PSDB, e escondeu o ex-presidente FHC. Depois, tentou-se mostrar como o “verdadeiro” herdeiro de Lula, ajudando assim a legitimar o lulismo. Na reta final, de forma errática, aderiu a um discurso conservador amalucado, trazendo temas morais como aborto para o centro do debate (pra isso, apoiou-se nas tropas de choque monarquistas, na turma da TFP e da Opus Dei).
Serra fez, portanto, um duplo tuiste carpado rumo ao precipício: primeiro, legitimou o lulismo; depois, afundou-se rumo à direita. Achou que podia ganhar assim. E, de fato, ficou perto de ganhar (dados os erros da campanha pouco politizada de Dilma). Mas, no fim, a “meia derrota” eleitoral significou “derrota e meia” política.
Restou a Serra (e a parte do tucanismo) brigar para liderar a direita no Brasil. Aécio quer o PSDB no centro. E Kassab quer ser, ele mesmo, o novo centro.
Lula e Dilma sabem que é mais fácil enfrentar os tucanos desde que eles se mantenham na direita. Por isso, Dilma ocupa o centro. Certamente, com aval de Lula.
Nassif acaba de escrever um artigo excelente, tratando exatamente desse tema:
Primeiro, não há a menor possibilidade de apostar em um rompimento dela com Lula. Ambos são suficientemente maduros e espertos para não embarcarem nessa falsa competição.A sensação que passa é de uma estratégia combinada, na qual caberia a Lula manter a influência sobre movimentos populares, sindicalismo e PT; e a Dilma aproximar-se e desarmar os setores empresários e políticos mais refratários ao lulismo-dilmismo.
Do ponto de vista de estratégia política, conseguiram fechar o melhor dos mundos: o antilulismo está sendo carreado pela velha mídia para um pró-dilmismo, resultando um xeque- mate: se o governo Dilma for bem sucedido, ela é reeleita; se for mal sucedido, Lula volta.
Lula e Dilma jogam de tabelinha. Ele mantém apoio forte entre a “esquerda tradicional”, e também entre sindicalistas e movimentos sociais, além do povão deserdado que vê em Lula um novo “pai dos pobres”. Ela joga para a classe média urbana e pragmática que – em parte – preferiu Marina no primeiro turno.
Dilma, com essas ações, deixa muita gente confusa e irritada na esquerda. Mas reconheça-se: é estratégia inteligente.
Qual o risco disso tudo?
O risco é embaralhar a política e apagar as diferenças. Relembremos o que ocorreu no Chile, ao fim do governo Bachelet. Ela tinha claro compromisso com direitos humanos, com a civilidade e com os valores… Mas na política e na gestão da economia no dia-a-dia, o governo da “Concertación” (coalizão de centro-esquerda que governo o Chile desde a queda de Pinochet) assumiu o programa liberal da direita. Embaralhou-se tudo. Bachelet saiu do governo bem avaliada, mas não fez o sucessor (até porque o candidato dela, Frei, tinha imagem envelhecida e desgastada). Se não há mesmo diferença, pra que votar na “Concertación” de novo? Foi o que levou o eleitorado chileno a escolher Pinera – um megaempresário ligado à Opus Dei e a setores pinochetistas.
Pinera é um Berlusconi sem os arroubos sexuais do italiano. Paulo Henrique Amorim costuma dizer que, sem politização, a classe “C” de Lula vai eleger um Berlusconi em 2014. O Chile já fez isso: escolheu Pinera.
A tática de Dilma e Lula, de ocupar amplo espectro (da esquerda ao centro), parece inteligente. Mas ao embaralhar o jogo, permite que a direita faça 0 mesmo e caminhe para o centro. Desfeitas as fronteiras (Kassab no PSB seria o sinal derradeiro desse movimento), abre-se a incerteza no horizonte, rumo a 2014.
O petismo conta com Pelé no banco. Se o quadro ficar confuso, chama-se Lula. Arriscado. Mas esse parece ser o jogo. Gostemos ou não.
Leia outros textos de Palavra Minha
Dilma - balanço 2PT rumo ao centro; e oposição na UTI
publicada sexta-feira, 25/02/2011 às 10:43 e atualizada sexta-feira, 25/02/2011 às 10:13
por Rodrigo Vianna (do blog Escrevinhador)Dias atrás, escrevi um modesto balanço, centrado nas ações econômicas de Dilma nos primeiros dias de governo. Clique aqui para ler Dilma – balanço 1.
Agora, faço um balanço político.
Os sinais evidentes emitidos por Dilma são de um governo que ruma para o centro. Isso já estava desenhado desde a campanha eleitoral de 2010. Lula havia feito movimento semelhante, ao escolher José Alencar para vice e ao lançar a “Carta aos Brasileiros”, em 2002. Mas o movimento de Lula rumo à centro-esquerda não tinha nitidez institucional. Ele se aproximou de personagens avulsos no mundo empresarial (além de Alencar, Gerdau e Diniz), e não fechou aliança formal com PMDB, mas apenas com pequenos partidos conservadores: PL (depois PR), PTB e PP. Fora isso, Lula manteve-se firme (fora da cartilha liberal) na relação com movimentos sociais e na política internacional – além de ter adotado ações econômicas keynesianas (para irritação dos economistas e colunistas atucanados) no segundo mandato.
O movimento de Dilma é mais claro, mais institucional. Michel Temer na vice. PMDB na aliança formal. Isso tudo já estava desenhado. O início de governo aprofundou esse movimento. Ao adotar, agora, prática econômica apoiada pelos liberais, Dilma capturou a simpatia (real? duradoura?) de setores da mídia que estiveram fechados com Serra durante a campanha. Faz o mesmo em relação à política internacional (menos “terceiro-mundista” do que Lula, como comemora a “Folha” em editorial nessa sexta-feira). E já há sinais de que o governo pode abandonar a proximidade estratégica que mantinha com movimentos como o MST (sinais que vêm de dentro do INCRA, por exemplo – a conferir).
É um movimento claro: Lula já ocupara a esquerda e a centro-esquerda; agora, o projeto petista expande-se alguns graus mais – rumo ao centro!
Isso sufoca a direita e a oposição. E aí chegamos a outro ponto importante. Não é à toa que Kassab movimenta-se para romper com o demo-tucanismo e aderir ao lulismo. Kassab sente-se sufocado e percebe que pode perder suas bases conservadoras para o lulismo. O melhor, talvez, seja juntar-se a esse impressionante movimento político (o lulo-petismo) que – nascido na esquerda - capturou a centro-esquerda e agora se expande rumo ao centro.
Vejam o tamanho da hecatombe vivida pela oposição. Katia Abreu, a chefe ruralista, deve seguir os passos de Kassab, rompendo com o condomínio PSDB/DEM. Katia deu entrevista à “Folha”, avisando: “a oposição está na UTI”. Kassab vai levar com ele quase duas dezenas de deputados federais do DEM, 3 ou 4 do PPS e mais alguns tucanos desgarrados. A oposição vai minguar. Essa gente toda deve-se acomodar num “novo” partido, mas o projeto final é terminar no PSB de Eduardo Campos (partido que desde 1989 integra a base lulista).
Esse movimento de ocupação do centro pelo lulismo é fruto, também, dos erros de Serra durante a campanha de 2010. Muita gente avalia que a votação expressiva (de 44 milhões de votos no segundo turno) signficou uma meia-derrota para o paulista da Mooca. Do ponto de vista numérico e eleitoral, isso é verdade. Mas a derrota política de Serra foi acachapante.
Vejamos. Serra abriu mão de defender o programa liberal e privatizante do PSDB, e escondeu o ex-presidente FHC. Depois, tentou-se mostrar como o “verdadeiro” herdeiro de Lula, ajudando assim a legitimar o lulismo. Na reta final, de forma errática, aderiu a um discurso conservador amalucado, trazendo temas morais como aborto para o centro do debate (pra isso, apoiou-se nas tropas de choque monarquistas, na turma da TFP e da Opus Dei).
Serra fez, portanto, um duplo tuiste carpado rumo ao precipício: primeiro, legitimou o lulismo; depois, afundou-se rumo à direita. Achou que podia ganhar assim. E, de fato, ficou perto de ganhar (dados os erros da campanha pouco politizada de Dilma). Mas, no fim, a “meia derrota” eleitoral significou “derrota e meia” política.
Restou a Serra (e a parte do tucanismo) brigar para liderar a direita no Brasil. Aécio quer o PSDB no centro. E Kassab quer ser, ele mesmo, o novo centro.
Lula e Dilma sabem que é mais fácil enfrentar os tucanos desde que eles se mantenham na direita. Por isso, Dilma ocupa o centro. Certamente, com aval de Lula.
Nassif acaba de escrever um artigo excelente, tratando exatamente desse tema:
Primeiro, não há a menor possibilidade de apostar em um rompimento dela com Lula. Ambos são suficientemente maduros e espertos para não embarcarem nessa falsa competição.A sensação que passa é de uma estratégia combinada, na qual caberia a Lula manter a influência sobre movimentos populares, sindicalismo e PT; e a Dilma aproximar-se e desarmar os setores empresários e políticos mais refratários ao lulismo-dilmismo.
Do ponto de vista de estratégia política, conseguiram fechar o melhor dos mundos: o antilulismo está sendo carreado pela velha mídia para um pró-dilmismo, resultando um xeque- mate: se o governo Dilma for bem sucedido, ela é reeleita; se for mal sucedido, Lula volta.
Lula e Dilma jogam de tabelinha. Ele mantém apoio forte entre a “esquerda tradicional”, e também entre sindicalistas e movimentos sociais, além do povão deserdado que vê em Lula um novo “pai dos pobres”. Ela joga para a classe média urbana e pragmática que – em parte – preferiu Marina no primeiro turno.
Dilma, com essas ações, deixa muita gente confusa e irritada na esquerda. Mas reconheça-se: é estratégia inteligente.
Qual o risco disso tudo?
O risco é embaralhar a política e apagar as diferenças. Relembremos o que ocorreu no Chile, ao fim do governo Bachelet. Ela tinha claro compromisso com direitos humanos, com a civilidade e com os valores… Mas na política e na gestão da economia no dia-a-dia, o governo da “Concertación” (coalizão de centro-esquerda que governo o Chile desde a queda de Pinochet) assumiu o programa liberal da direita. Embaralhou-se tudo. Bachelet saiu do governo bem avaliada, mas não fez o sucessor (até porque o candidato dela, Frei, tinha imagem envelhecida e desgastada). Se não há mesmo diferença, pra que votar na “Concertación” de novo? Foi o que levou o eleitorado chileno a escolher Pinera – um megaempresário ligado à Opus Dei e a setores pinochetistas.
Pinera é um Berlusconi sem os arroubos sexuais do italiano. Paulo Henrique Amorim costuma dizer que, sem politização, a classe “C” de Lula vai eleger um Berlusconi em 2014. O Chile já fez isso: escolheu Pinera.
A tática de Dilma e Lula, de ocupar amplo espectro (da esquerda ao centro), parece inteligente. Mas ao embaralhar o jogo, permite que a direita faça 0 mesmo e caminhe para o centro. Desfeitas as fronteiras (Kassab no PSB seria o sinal derradeiro desse movimento), abre-se a incerteza no horizonte, rumo a 2014.
O petismo conta com Pelé no banco. Se o quadro ficar confuso, chama-se Lula. Arriscado. Mas esse parece ser o jogo. Gostemos ou não.
Leia outros textos de Palavra Minha
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
10 livros para se aprofundar na história do rock
?Sepultura ? Toda a história? , de André Barcinski (1999)
A trajetória do maior grupo de heavy metal brasileiro recebe um registro à altura de sua importância pelas mãos do jornalista André Barcinski. O livro faz um retrato do início em Belo Horizonte(com direito a maquiagem "black metal" e capacete nazista), em 1983, até a turbulenta saída de Max Cavalera, em 1997, e a subseqüente entrada de Derrick Green para banda.
?A Divina Comédia dos Mutantes?, de Carlos Calado (1995)
O livro de Carlos Calado é um dos poucos registros fiéis da trajetória d?Os Mutantes. O autor consegue ir além da música feita por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais), abordando situações que oscilam entre o hilário e o trágico.
?The Beatles Anthology? (2000)
Lançado em 2000, o livro contém entrevistas, mais de 1300 fotos e diversos documentos pessoais de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, abordando, com riqueza de detalhes inédita, toda a carreira do rapazes de Liverpool. O projeto Anthology também deu origem a uma série de documentários e a três álbuns duplos.
?Bob Dylan ? A Biografia?, de Howard Sounes (2002)
O jornalista inglês Howard Sounes narra a história de um dos maiores ícones da música contemporânea. De forma detalhada e com depoimentos de pessoas próximas do cantor, Sounes mostra a evolução musical de Dylan desde sua infância até o sucesso em Nova Iorque.
?Dias de Luta ? O rock e o Brasil nos anos 80?, de Ricardo Alexandre (2002)
O jornalista Ricardo Alexandre, ex-editor da revista Bizz, conta em 399 páginas a história do rock brasileiro na década de 80. É possível reviver a época e entender como funcionava a indústria fonográfica, que revelou bandas como RPM (maior fenômeno roqueiro do Brasil), Os Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Titãs.
?Mais Pesado que o Céu?, de Charles R. Cross (2002)
A biografia definitiva de Kurt Cobain, líder do Nirvana, que cometeu suicídio em 1994. Charles R. Cross, o autor, realizou mais de 400 entrevistas e teve acesso a documentos, diários e fotos inéditas de Cobain, graças à ajuda da viúva do roqueiro, Courtney Love.
?Mate-Me Por Favor?, de Legs McNeil e Gillian McCain (2004)
Quem conta a história aqui são os principais integrantes do movimento punk por meio de trechos de entrevistas que, intercalados, formam um diálogo entre figuras excêntricas como Lou Reed e Dee Dee Ramone. De suas raízes, com bandas pré-punk como Stooges e Velvet Undeground, à explosão do movimento, com Sex Pistols e Ramones, o movimento é destrinchado através em informações exclusivas e fofocas saborosas. O titulo é tirado de uma camiseta de Richard Hell, ex-baterista da banda Television.
?Reações Psicóticas?, de Lester Bangs (2005)
Lester Bangs foi um dos críticos mais polêmicos e influentes da história do jornalismo musical com textos publicados em veículos como ?Rolling Stone?, ?NME? e ?Crêem? (revista da qual foi editor)?. É ele que aparece como mentor do personagen William Miller no filme "Quase famosos". Em "Reações Psicóticas", é possível ter acesso a oito artigos de Bangs sobre artistas como Lou Reed, David Bowie, John Lennon e Kraftwerk.
?Rockers?, de Bob Gruen (2007)
274 fotografias históricas de grandes ícones do rock: do pioneiro Muddy Waters às últimas imagens de John Lennon, de Sid Vicious exibindo cicatrizes à Debbie Harry, do Blondie, posando como em um editorial de moda. A exposição de Gruen, fotógrafo de todos esses astros, passou pelo Brasil em 2007
?1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer? (2007)
Em um só volume, de 960 páginas, é possível ler uma compilação de textos de cerca de 90 jornalistas e críticos musicais de renome internacional, destacando o que de melhor foi feito na música desde a década de 50. Do jazz ao pop, do blues ao hip hop, passando até pela música brasileira. Item obrigatório para qualquer aficionado por música.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Beber álcool com moderação protege contra doenças cardíacas
A pesquisa enfatizou que não devem haver excessos, o consumo deve ser moderado, os homens devem tomar 30g de álccol e as mulher 15g por dia. Com a ingestão, os níveis do bom colesterol no sangue aumentam, prevenindo assim doenças cardíacas.
Apesar dos beneficios fica uma alerta, beber demais não oferece nenhuma proteção e pode causar hipertensão arterial. De acordo com um dos pesquisadores, o benefício do consumo de álcool deveria aparecer em campanhas de saúde publica. "Precisamos ponderar a mensagem passada ao paciente", disse Gahali em entrevista ao site inglês Daily Mail.
O levantamento divulgado foi baseado em outros 84 estudos que relaciovam o consumo de álcool com doenças cardíacas, pessoas que bebiam de maneira moderada apresentaram menor incidência de derrames e mortes decorrentes da doença.
O estudo também analizou o tipo de bebida consumida, foi constatado que o beneficio esá no álcool e não no tipo de bebida alcoólica ingerida.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
"Golpe do aluguel barato" faz dezenas de vítimas em SP
A descrição, segundo o autor do anúncio, publicado junto com fotos em um popular site de classificados online de imóveis, é de um apartamento localizado na Rua Bahia, área nobre na zona Oeste da capital paulista. Mas o que, à primeira vista, parece ser um negócio imperdível, é, na verdade, a isca de uma fraude que tem feito vítimas pelo País: o golpe do aluguel.
A mecânica é simples e baseada num princípio que alicerça a maioria dos golpes: a sedução pela vantagem. Neste caso, imóveis são oferecidos a preços abaixo dos praticados pelo mercado. O "negócio" é fechado após o depósito exigido pelo falso proprietário ser efetuado. Dinheiro que fatalmente a vítima não vai rever.
Para verificar como agem os estelionatários, Terra Magazine respondeu ao anúncio do apartamento da Rua Bahia. Durante quatro dias, a reportagem, que teve acesso ao caso a partir de denúncia, trocou e-mails com o suposto proprietário, identificado como Dylan Walsh, um engenheiro civil que se apresenta como estrangeiro. Ele prometeu agilidade nos trâmites burocráticos porque a empresa para qual supostamente trabalha teria "ganhado um edital em Londres e iria construir um prédio na capital inglesa".
Após as primeiras apresentações, Dylan explica como seria feito o negócio:
- Preciso te informar que a empresa MoneyBookers ficará com o seu pagamento até você confirmar para eles que gostou do imóvel e que quer receber as chaves. Caso não goste, somente tem que devolver as chaves para eles, depois que reembolsarem seu dinheiro. Eles me devolverão as chaves em seguida. Vou te informar sobre os passos a serem tomados para esse tipo de serviço acontecer. Você só tem que depositar para MoneyBookers Service o primeiro mês de aluguel, mais o cheque caução - R$ 1.750 - e então eles podem prosseguir, e você pode receber as chaves e o contrato.
Dylan justifica o baixo preço do aluguel, alegando que precisa se mudar com urgência e, ao final do primeiro email, pede compromisso do interessado: "Por favor, diga-me se isso é o que você estava procurando e me responda somente se estiver verdadeiramente interessado no apartamento". Questionado, afirmou que o condomínio estaria incluso neste valor de R$ 750 mensais. Além disso, estaria embutido no mesmo montante: água, luz e internet.
As conversas duraram até o momento em que a reportagem informou a Dylan sobre o interesse em conhecer o prédio - não o apartamento -, antes de partir para o contrato. O golpista nunca mais respondeu aos contatos e retirou o anúncio do site.
Quando chegou ao prédio mencionado por Dylan, a reportagem se deparou com o porteiro Marcelo Alves, 37 anos, que, antes mesmo de ser indagado sobre o imóvel, emplaca: "Foi o tal de Dylan Walsh?". O funcionário do prédio conta que só na semana passada mais de 20 casais apareceram no Edifício Tulipa em busca do mesmo apartamento.
Na Rua Bahia, naquele número apresentado pelo golpista, não havia imóveis para alugar e, diferente do anunciado, são apartamentos de quatro quartos e um por andar.
Familiarizado com o assunto, o porteiro antecipa detalhes do golpe: "Ele pedia um preço muito baixo, não é? R$ 750 mais um cheque caução de R$ 1 mil, certo? Na semana passada, recebemos mais de 30 ligações por dia, porque as pessoas procuram o prédio na internet e acham o número da portaria".
O porteiro conta que nenhum dos interessados no apartamento confirmou ter pago o valor estipulado por Dylan. Segundo relata Alves, a maioria visitava o prédio antes de concluir a operação. Ele diz que um dos interessados pretendia depositar R$ 2 mil para garantir o aluguel do apartamento.
Outros que foram enganados contaram a Alves que o golpista sumia quando eram feitas perguntas sobre o nome completo, número da conta bancária e detalhes sobre o apartamento. Além disso, Dylan deixou o site por diversas vezes, afirma o porteiro. "Cada vez que ele não respondia a alguém, tirava o anúncio da página na internet e, mais tarde, colocava novamente, isso foi o que me disse o pessoal que veio aqui".
Ofertas vantajosas
De acordo com o diretor de locação da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), Carlos Samuel Freitas, é difícil mensurar o alcance deste tipo de golpe, devido à subnotificação. Ele afirma, entretanto, que, das fraudes realizadas durante operações imobiliárias, essa é uma das mais recorrentes.
No último sábado (12), um estelionatário foi preso em Betim, cidade próxima a Belo Horizonte (MG). Ele visitava apartamentos que estavam sendo alugados, copiava as chaves, tirava as fotos e os anunciava como se fosse seu. O modo de ação é semelhante ao descrito por Freitas.
- Obviamente, conhecemos casos. Alguns deles nos são informados. Em geral, a pessoa coloca anúncio de um imóvel que não pertence a ela. Muitas vezes, o dono nem sabe que o imóvel está sendo alugado. Quando a vítima procura o contato com a qual negociou, descobre a verdade. Esse é o golpe mais corriqueiro que temos notícia.
Ele destaca que muitos não levam o fato às autoridades por constrangimento, raiva ou temor. "Nem todo mundo que é lesado denuncia. Algumas vezes, pela irritação por ter caído no golpe. Outras, por medo. Não sabem com quem estão lidando. Têm receio de levar adiante e de serem mais constrangidos ainda".
Conforme Freitas, a fraude afeta, sobretudo, quem procura aluguel por temporada. Para evitar dissabores, ele recomenda cautela.
- A orientação que sempre damos quando temos notícia do golpe é alugar com pessoas que já tenham tradição no mercado. De preferência, com empresas especializadas, idôneas. Hoje em dia, com a internet, é fácil levantar informações, é fácil descobrir se a empresa é sólida, se é regular, se está no mercado há tempos. Fundamentalmente, é preciso saber com quem está se fazendo o negócio. É importante pedir referências. Isso diminui o risco.
Segundo o representante da Abadi, imagens do suposto imóvel não devem ser encaradas como garantia de que o negócio será concretizado.
- Sabemos de casos em que a pessoa aluga, deposita o dinheiro e só depois descobre o golpe. Você vê fotografias bonitas na internet e, ao chegar no lugar, descobre que a casa não existe ou não pertence à pessoa que tentou alugar. Isso acontece, infelizmente. A esmagadora maioria é induzida a erro pelos anúncios - alerta, lembrando de uma máxima que jamais deve ser desconsiderada:
- Há um velho preceito que temos que analisar sempre: se está barato e o anúncio oferece coisas mirabolantes, desconfie. Milagre ninguém faz. Sempre desconfiar de ofertas muito vantajosas, este é o grande macete. Não é normal ter tanta vantagem. Pode ter certeza que há algo errado.
"Foi terrível"
O desejo da universitária Isabela Diniz, 21, era que o Réveillon de 2008 fosse inesquecível. Conseguiu. Mas ao invés das tão esperadas boas recordações, apenas revolta e tristeza. Na virada daquele ano, Isabela e outros 14 amigos de colégio programaram uma festa especial para marcar a despedida da turma. Pesquisaram na internet e encontraram o cenário perfeito: uma casa luxuosa, com piscina, churrasqueira, no Guarujá, litoral Sul de São Paulo. O preço do aluguel de uma semana? Sete mil reais. Uma bagatela.
- Era uma casa maravilhosa. Por um preço incrível. Cada um ia pagar R$ 300. Dois amigos nossos viajaram dois dias antes para ver a casa. Quando chegaram, descobriram que a ela não existia. O número (do imóvel) que o homem havia dado não era real. Neste dia, mais duas famílias chegaram juntas. Caíram no mesmo golpe. Uma das famílias era de Vitória (ES). Foi triste. Dois dias antes do Ano Novo. Não tínhamos para onde ir. O sentimento foi de revolta. Fiquei frustrada. Senti como se tivesse tomado um banho de água gelada. Todo mundo estava empolgadíssimo para passar o Ano Novo junto.Foi terrível. Um momento triste. Acabou com meu Ano Novo.
A universitária conta que a negociação foi toda feita por telefone.
- Nós ligamos, falamos com a pessoa, que deu CPF e RG falsos. Deu o número da conta. Vimos as fotos. Parecia que a casa era dele mesmo. Não dava para desconfiar. Ele pediu metade do alugel (R$ 3,5 mil) e a galera depositou.
O grupo procurou a policia, registrou boletim de ocorrência, mas, passados três anos, o caso jamais foi elucidado. Isabela diz que a experiência mudou sua forma de agir.
- Hoje em dia tenho até medo. Fui alugar agora um sítio para fazer uma confraternização com os amigos. Fomos ao local antes de falar com a pessoa (proprietário). Nunca mais a gente entra nessa. Uma coisa que aprendemos é ir a corretoras. Ligamos para algumas delas para confirmar. Na internet, qualquer um pode colocar o que quiser.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Exame de Suficiência exige preparação
A Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) é uma das primeiras instituições de ensino a focar em uma fatia interessante do mercado contábil: cursos preparatórios para o exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Como a divulgação do retorno do exame ocorreu no segundo semestre de 2010, houve pouco tempo hábil para as instituições de ensino organizar suas agendas. Logo, quem contava com a tradição a seu favor saiu na frente.
No caso da Fipecafi, como o curso tem suporte na experiência de quase 40 anos dos programas de mestrado e de doutorado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), foi mais fácil estruturar os cronogramas. As aulas terão como foco a realização de exercícios simulados com base na teoria proposta pelo Programa pedido no Edital do Exame de Suficiência. O conteúdo programático inclui itens como contabilidade geral, custos, setor público, controladoria, noções de direito, matemática financeira e estatística, teoria da contabilidade, entre outros assuntos. Destinado exclusivamente a bacharéis em Ciências Contábeis, o curso ocorre em São Paulo.
Emitido pelo CFC, o Exame de Suficiência foi instituído pela Lei nº 12.249/2010, que alterou o artigo 12 do Decreto-Lei nº 9.295/46. De acordo com a nova redação, esse artigo estabelece que os profissionais contábeis somente poderão exercer a profissão mediante os seguintes requisitos: conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis ou de Técnico em Contabilidade e aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). A prova do Exame de Suficiência emitida pelo CFC está prevista para ser aplicada no dia 27 de março de 2011. O professor Gerlando Lima, também coordenador do curso da Fipecafi, explica o que os contadores podem esperar da prova.
JC Contabilidade - Quais são os conteúdos principais a serem tratados no curso?
Gerlando Lima - A gente demorou um pouco por pensar como seria a prova e como fazer o melhor curso possível para os contadores, já que somos um dos únicos na atualidade. Buscamos os melhores professores de cada área, e montamos uma grande com 156 horas/aula. Nossos estudos se iniciam em fevereiro e terminam um dia antes da prova. O conteúdo vai desde a contabilidade geral, estatística, matemática, passando por custos, perícia e auditoria. Vamos deixar o português um pouco de lado e dar um foco maior em matemática financeira e estatística. Além disso, o módulo de normas de contabilidade terá muita ênfase nos CPCs. Acho que é o que mais está preocupando o pessoal. Também acredito que conteúdos de Teoria da Contabilidade sejam bastante pedidos. O CPC é a norma traduzida da legislação internacional, com interpretações. A gente acredita que, já que os CPCs são normas autorizadas pelo CFC para as empresas, tem vários que podem cair. O CFC não deve colocar provas com enfoque em uma área especifica: construção civil, agrícola etc. Deve ser mais genérico. Além disso, o Conselho avisou que somente irá cair normas publicadas até 90 dias antes da prova.
Contabilidade - Como está o mercado dos cursinhos preparatórios atualmente?
Lima - Apesar de o CFC ter lançado a prova no ano passado, o pessoal não se adiantou muito. A Fipecafi tem história na profissão contábil, e por isso, sempre saiu primeiro, está na frente. Mas para nós, foi uma surpresa não ter outras pessoas lançando cursos. Mas acredito que, na próxima edição do exame, essa média irá aumentar. A primeira prova de março será uma espécie de termômetro para os próximos anos. O pessoal vai poder perceber bem e se preparar melhor para o próximo.
Contabilidade - Quais são as principais dificuldades de quem prestar o exame?
Lima - Há pesquisas que dizem que as mudanças estão sendo tão rápidas que algumas universidades não estão conseguindo acompanhá-las. A dificuldade existe também para todos os contadores que trabalham na área fiscal e contábil. Aquele aluno que está assistindo a aulas no curso de Contabilidade está acompanhando a mudança.Uma das dificuldades é conseguir livros que reflitam as leis, as mudanças e a internacionalização. Isso deve ser o maior medo dos alunos, junto com estatística. Como a heterogeneidade nas universidades é muito grande, talvez não se tenha uma base muito boa em estatística ou direito. É preciso estar em conformidade com as mudanças.
Contabilidade - O que se espera das provas? Qual será o seu nível de dificuldade?
Lima - Isso é bem pessoal. Acredito que virá uma prova média, nem difícil nem fácil. Ela deve apresentar novidades (resoluções, normativas), o que acaba dificultando, e também vai apresentar o tradicional, que é sempre o fácil. Aqui na USP se percebe que os alunos estão muito preocupados em passar e estão estudando bastante.
Contabilidade - Em relação ao exame de suficiência para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acredita que os alunos terão nível de desempenho semelhante?
Lima - Esperamos que as faculdades consigam superar de 40% a 50%, mas esse é um valor totalmente teórico, das minhas expectativas. Se têm uma média um pouco baixa. Se a aprovação for acima da metade, é porque a educação estará muito boa. Se for entre 20%, é de acordo com o esperado. Mas se tiver um resultado muito baixo, há dois reflexos possíveis: ou a prova não está de acordo com que está sendo dado nas universidades e cursos técnicos, ou a educação não está muito boa para se fazer a prova.
A Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) é uma das primeiras instituições de ensino a focar em uma fatia interessante do mercado contábil: cursos preparatórios para o exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Como a divulgação do retorno do exame ocorreu no segundo semestre de 2010, houve pouco tempo hábil para as instituições de ensino organizar suas agendas. Logo, quem contava com a tradição a seu favor saiu na frente.
No caso da Fipecafi, como o curso tem suporte na experiência de quase 40 anos dos programas de mestrado e de doutorado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), foi mais fácil estruturar os cronogramas. As aulas terão como foco a realização de exercícios simulados com base na teoria proposta pelo Programa pedido no Edital do Exame de Suficiência. O conteúdo programático inclui itens como contabilidade geral, custos, setor público, controladoria, noções de direito, matemática financeira e estatística, teoria da contabilidade, entre outros assuntos. Destinado exclusivamente a bacharéis em Ciências Contábeis, o curso ocorre em São Paulo.
Emitido pelo CFC, o Exame de Suficiência foi instituído pela Lei nº 12.249/2010, que alterou o artigo 12 do Decreto-Lei nº 9.295/46. De acordo com a nova redação, esse artigo estabelece que os profissionais contábeis somente poderão exercer a profissão mediante os seguintes requisitos: conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis ou de Técnico em Contabilidade e aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). A prova do Exame de Suficiência emitida pelo CFC está prevista para ser aplicada no dia 27 de março de 2011. O professor Gerlando Lima, também coordenador do curso da Fipecafi, explica o que os contadores podem esperar da prova.
JC Contabilidade - Quais são os conteúdos principais a serem tratados no curso?
Gerlando Lima - A gente demorou um pouco por pensar como seria a prova e como fazer o melhor curso possível para os contadores, já que somos um dos únicos na atualidade. Buscamos os melhores professores de cada área, e montamos uma grande com 156 horas/aula. Nossos estudos se iniciam em fevereiro e terminam um dia antes da prova. O conteúdo vai desde a contabilidade geral, estatística, matemática, passando por custos, perícia e auditoria. Vamos deixar o português um pouco de lado e dar um foco maior em matemática financeira e estatística. Além disso, o módulo de normas de contabilidade terá muita ênfase nos CPCs. Acho que é o que mais está preocupando o pessoal. Também acredito que conteúdos de Teoria da Contabilidade sejam bastante pedidos. O CPC é a norma traduzida da legislação internacional, com interpretações. A gente acredita que, já que os CPCs são normas autorizadas pelo CFC para as empresas, tem vários que podem cair. O CFC não deve colocar provas com enfoque em uma área especifica: construção civil, agrícola etc. Deve ser mais genérico. Além disso, o Conselho avisou que somente irá cair normas publicadas até 90 dias antes da prova.
Contabilidade - Como está o mercado dos cursinhos preparatórios atualmente?
Lima - Apesar de o CFC ter lançado a prova no ano passado, o pessoal não se adiantou muito. A Fipecafi tem história na profissão contábil, e por isso, sempre saiu primeiro, está na frente. Mas para nós, foi uma surpresa não ter outras pessoas lançando cursos. Mas acredito que, na próxima edição do exame, essa média irá aumentar. A primeira prova de março será uma espécie de termômetro para os próximos anos. O pessoal vai poder perceber bem e se preparar melhor para o próximo.
Contabilidade - Quais são as principais dificuldades de quem prestar o exame?
Lima - Há pesquisas que dizem que as mudanças estão sendo tão rápidas que algumas universidades não estão conseguindo acompanhá-las. A dificuldade existe também para todos os contadores que trabalham na área fiscal e contábil. Aquele aluno que está assistindo a aulas no curso de Contabilidade está acompanhando a mudança.Uma das dificuldades é conseguir livros que reflitam as leis, as mudanças e a internacionalização. Isso deve ser o maior medo dos alunos, junto com estatística. Como a heterogeneidade nas universidades é muito grande, talvez não se tenha uma base muito boa em estatística ou direito. É preciso estar em conformidade com as mudanças.
Contabilidade - O que se espera das provas? Qual será o seu nível de dificuldade?
Lima - Isso é bem pessoal. Acredito que virá uma prova média, nem difícil nem fácil. Ela deve apresentar novidades (resoluções, normativas), o que acaba dificultando, e também vai apresentar o tradicional, que é sempre o fácil. Aqui na USP se percebe que os alunos estão muito preocupados em passar e estão estudando bastante.
Contabilidade - Em relação ao exame de suficiência para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acredita que os alunos terão nível de desempenho semelhante?
Lima - Esperamos que as faculdades consigam superar de 40% a 50%, mas esse é um valor totalmente teórico, das minhas expectativas. Se têm uma média um pouco baixa. Se a aprovação for acima da metade, é porque a educação estará muito boa. Se for entre 20%, é de acordo com o esperado. Mas se tiver um resultado muito baixo, há dois reflexos possíveis: ou a prova não está de acordo com que está sendo dado nas universidades e cursos técnicos, ou a educação não está muito boa para se fazer a prova.
Contadores se preparam para enfrentar exame obrigatório
Qualificação: Mais de 10 mil profissionais devem realizar prova de avaliação de conhecimento em março para obter registro e poder atuar na área.
Vívian Soares
Há uma semana, o analista contábil da Serasa Experian Rodrigo Martins incluiu novamente os estudos em sua rotina. Recém-formado em contabilidade, ele se prepara para enfrentar o exame de suficiência, que a partir deste ano será exigido para que os profissionais consigam se registrar em um Conselho Regional e exercer a profissão. Aproximadamente 10 mil candidatos são esperados para o exame, que, depois de sete anos, volta a ser cobrado para os contadores brasileiros, dessa vez amparado pela lei 12.249, de 11 de junho de 2010, que tornou obrigatória a avaliação do conhecimento desses profissionais.
De acordo com Domingos Orestes Chiomento, presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC/SP), o exame vem atender a uma demanda do mercado, que passou por muitas mudanças em um curto período de tempo. "Com a adoção das normas internacionais de contabilidade no Brasil, o profissional precisará ter um conhecimento global, uma vez que essas regras terão a mesma configuração em mais de 110 países", afirma.
O aumento da exigência do mercado fez com que os conselhos se preparassem para fiscalizar a formação dos profissionais. Além disso, passaram a estimular a adaptação dos currículos dos cursos de graduação. Uma das preocupações de Chiomento é com o baixo aproveitamento da prova, que já foi realizada no passado, entre os anos de 2000 e 2004, e que foi cancelada por não estar prevista em lei. "Na época, o índice de reprovação foi acima de 50%", diz.
A expectativa para o exame a partir de 2011, porém, é de um nível de exigência maior. "A contabilidade sofreu uma alteração profunda nos últimos três anos. Até 2004, a prova exigia conceitos mais básicos. A tendência é que agora sejam cobrados conteúdos mais alinhados com as novas normas contábeis", afirma Sergio Alexandre de Souza, coordenador do curso preparatório exame de suficiência em contabilidade, da Trevisan Escola de Negócios. Segundo ele, o único aspecto negativo da prova é o nível de aprovação mínimo ser de apenas 50%, que ele considera insuficiente.
Para Gerlando Lima, coordenador do curso preparatório ao exame de suficiência da Fipecafi, a expectativa dos profissionais sobre o conteúdo da prova é grande. "Os alunos se preocupam em saber o nível do exame. Como são 50 questões, há muita insegurança sobre o que será cobrado", afirma.
Lima explica que, como as mudanças na área são muito recentes, a maioria dos candidatos precisará ter domínio sobre normas que foram implementadas enquanto cursavam a faculdade. O edital do exame de suficiência, que será realizado em 27 de março, prevê que serão cobradas as normas aprovadas até 90 dias antes da avaliação.
O analista contábil Rodrigo Martins acredita, porém, que os profissionais com uma boa formação não terão dificuldade para fazer o exame. "Como as mudanças eram previstas, o currículo da faculdade foi se adaptando no decorrer do curso. No final, já dominávamos a maior parte delas", afirma Martins, que também está investindo em um curso preparatório.
As inscrições para o exame de suficiência vão até 11 de fevereiro. Serão aplicadas provas para contadores com curso superior e para técnicos em contabilidade, que também só serão registrados no conselho mediante aprovação no exame. Em contrapartida, a profissão só será regulamentada até 2015 - a partir desta data, apenas os contadores poderão exercer a profissão, conforme previsto pela lei 12.249. "O mercado está exigindo mais capacitação do profissional. Enquanto o técnico tem 900 horas de aula de formação, o bacharel tem quase 2400 horas", diz o presidente do CRC/SP.
Para Souza, da Trevisan, o técnico em contabilidade foi, durante muito tempo, uma profissão vinculada à atividade de escrituração, mas acabou incorporando outras funções, como a assinatura de balanços, por exemplo. "A lei veio corrigir essa inadequação", afirma.
Indicações ajudam na busca por emprego, mas não são carta branca
A prática do “Quem Indica” é responsável pela maioria do preenchimento de vagas nas empresas. Segundo especialistas ouvidos pelo iG Carreiras, aproximadamente 70% das posições são definidas dessa forma.
Para se beneficiar de uma indicação, é necessário que o profissional mantenha uma rede de relacionamento ampla e atualizada. “É a partir dela que as oportunidades surgem”, analisa
Edson Rodrigues, diretor do site de coaching Your Life.
A indicação é importante em boa parte dos processos seletivos, mas não deve ser entendida como “carta branca” para seu comportamento no emprego, alerta Paulo Mendes, sócio da 2GET, empresa especializada em recrutamento. “O profissional deve ter cuidado. A sua postura é que vai mantê-lo na empresa. Ele tem que mostrar que é competente.”
O profissional que chega à empresa afirmando que está lá porque foi indicado por um diretor pode acabar sendo mal avaliada pela sua arrogância. “Se a pessoa precisa disso para aparecer, é porque alguma coisa está errada. Ela não deve ser boa no que faz”, analisa Mendes.
Por isso, os apadrinhados precisam se esforçar e mostrar que realmente têm o perfil adequado para a vaga. “Muitas vezes, uma pessoa estava esperando uma promoção e entra alguém por indicação. Fica um mal-estar”, exemplifica Rodrigues. Nesse caso, o novato deve “mostrar que é realmente competente” e, assim, conquistar o respeito da equipe. “A pessoa que entra dessa forma tem que honrar a indicação e se esforçar para se integrar com os colegas”, reforça Mendes.
Rodrigues alerta que o cuidado também deve existir pela pessoa que faz a indicação. “O profissional que indica acaba se responsabilizando pela competência do outro.” Por outro lado, essa responsabilidade não acontece quando alguém indica um profissional simplesmente para participar de um processo seletivo.
Há ainda o risco de a indicação comprometer a amizade. “Antes ele era teu amigo, agora é seu chefe. O que pode parecer uma solução acaba complicando uma relação”, destaca Carmelina Nickel, consultora sênior da DBM Consultoria.
Indicação ou imposição?
A indicação é usava em muitas empresas como um mecanismo auxiliar ao recrutamento tradicional. Nesses casos, mesmo com o aval de algum funcionário, os candidatos continuam tendo de se submeter ao processo de seleção formal. “A indicação é uma forma de coletar os candidatos”, acredita Rodrigues.
Segundo ele, as imposições de candidatos para determinadas vagas costumam acontecer somente em posições de chefia. “É relativamente difícil que pessoas sejam indicadas para funções técnicas, para as quais é necessário um processo de contratação.”
Apesar de alguns cuidados que devem ser tomados, Carmelina acredita que um candidato com indicação tem muito mais chances do que aquele que simplesmente enviou um currículo sem referência nenhuma. “Quando a indicação é por networking, isso com certeza vai facilitar a entrada do profissional na empresa.”
A indicação é importante em boa parte dos processos seletivos, mas não deve ser entendida como “carta branca” para seu comportamento no emprego, alerta Paulo Mendes, sócio da 2GET, empresa especializada em recrutamento. “O profissional deve ter cuidado. A sua postura é que vai mantê-lo na empresa. Ele tem que mostrar que é competente.”
O profissional que chega à empresa afirmando que está lá porque foi indicado por um diretor pode acabar sendo mal avaliada pela sua arrogância. “Se a pessoa precisa disso para aparecer, é porque alguma coisa está errada. Ela não deve ser boa no que faz”, analisa Mendes.
Por isso, os apadrinhados precisam se esforçar e mostrar que realmente têm o perfil adequado para a vaga. “Muitas vezes, uma pessoa estava esperando uma promoção e entra alguém por indicação. Fica um mal-estar”, exemplifica Rodrigues. Nesse caso, o novato deve “mostrar que é realmente competente” e, assim, conquistar o respeito da equipe. “A pessoa que entra dessa forma tem que honrar a indicação e se esforçar para se integrar com os colegas”, reforça Mendes.
Rodrigues alerta que o cuidado também deve existir pela pessoa que faz a indicação. “O profissional que indica acaba se responsabilizando pela competência do outro.” Por outro lado, essa responsabilidade não acontece quando alguém indica um profissional simplesmente para participar de um processo seletivo.
Há ainda o risco de a indicação comprometer a amizade. “Antes ele era teu amigo, agora é seu chefe. O que pode parecer uma solução acaba complicando uma relação”, destaca Carmelina Nickel, consultora sênior da DBM Consultoria.
Indicação ou imposição?
A indicação é usava em muitas empresas como um mecanismo auxiliar ao recrutamento tradicional. Nesses casos, mesmo com o aval de algum funcionário, os candidatos continuam tendo de se submeter ao processo de seleção formal. “A indicação é uma forma de coletar os candidatos”, acredita Rodrigues.
Segundo ele, as imposições de candidatos para determinadas vagas costumam acontecer somente em posições de chefia. “É relativamente difícil que pessoas sejam indicadas para funções técnicas, para as quais é necessário um processo de contratação.”
Apesar de alguns cuidados que devem ser tomados, Carmelina acredita que um candidato com indicação tem muito mais chances do que aquele que simplesmente enviou um currículo sem referência nenhuma. “Quando a indicação é por networking, isso com certeza vai facilitar a entrada do profissional na empresa.”
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Prepare-se para o recrutamento 2.0
Grandes empresas criam o ambiente de trabalho nas redes sociais e incorporam essas mídias na seleção de trainees
Cada vez mais a internet faz parte do processo de escolha dos trainees e estagiários. Anúncio de vagas, envio de inscrições e currículos, testes e entrevistas online, tudo isso parece ter ficado no passado diante do recrutamento 2.0. Empresas com os processos de seleção mais concorridos do Brasil investem em ferramentas de redes sociais para escolher seus futuros profissionais. Entre elas se destacam a cervejaria Ambev, a Unilever e o Itaú Unibanco. Entre essas mais inovadoras está o Banco Santander, que até retirou o nome trainee do programa e passou a recrutar seus recém formados durante todo o ano. Para concorrer a uma vaga o candidato tem que participar da plataforma de relacionamento chamada Caminhos & Escolhas. Trata-se de uma rede social voltada para oferecer uma orientação profissional, com oficinas virtuais que simulam o ambiente de trabalho nas áreas do banco. Também é possível participar de chats e comunidades como a 'Qual é o seu TCC?'. O iG Estágio e Trainee visitou esse ambiente virtual de seleção e revela o que você vai encontrar neste portal de seleção do Santander.
Tem que participar – Quanto mais o estudante ou recém formado interagir, mais acumula pontos para ganhar um prêmio, que pode ser a visita a uma agência, ou tomar café da manhã com algum executivo do banco. A grande premiação no entanto é a chance de através desse contato conseguir sua contratação. “Verificamos se há vagas nos departamentos. Se gostamos de algum usuário, ele será convidado para fazer os testes finais e pode ser contratado”, diz .
Substituição de modelo – Segundo ela, a ideia do espaço online é substituir o programa de trainee tradicional, cujo recrutamento era feito pelo Santander até 2009, como a maioria das empresas faz. “Esse modelo era complicado para nós e para os candidatos, pois os jovens participavam de vários processos seletivos (em outras empresas) ao mesmo tempo, as datas podem coincidir, e tinham escolher, por exemplo, qual dinâmica deveriam comparecer. ”Com esse projeto, as vagas passam a ser pontuais, sem um programa específico.
O Santander, o quarto banco mais lucrativo do país, contrata em média 30 trainees por ano, que serão selecionados com base nessa plataforma 2.0. A rede também tem cerca de 1,6 mil estagiários nas áreas administrativa e comercial, com a média de efetivação de 70%. Para repor essas vagas, conforme os estagiários são efetivados ou concluem seu período, o banco faz cerca de 150 contratações por mês.
Outras empresas – Um processo similar ao do Santander já foi adotado pela cervejaria Ambev, que concentra as informações e interações de ex-trainees com os candidatos em um hotsite específico para a seleção. Na Unilever, as redes sociais são utilizadas como tarefas a serem desenvolvidas pelos candidatos, como a criação de um blog onde o recém formado deve colocar, por exemplo, “sua visão de mundo”. O Itaú Unibanco, que contrata cerca de 100 trainees por ano, utilizou as ferramentas da internet para divulgar como é o trabalho em uma instituição financeira e incentivar a participação de estudantes de todas as carreiras nos processos de seleção.
Saiba o que tem dentro do Programa Caminhos & Escolhas do Santander:
Artigos sobre os seguintes assuntos: carreira, comportamento, geração Y, sustentabilidade e mercado de trabalho.
Chats e histórico de chats realizados: Sidnei de Oliveira (expert em conflitos de gerações, geração Y e desenvolvimento de novos talentos e redes sociais), Sofia Esteves (presidente da Cia de Talentos) e Zoe Fitzgerald (consultora da área de educação do Santander).
Fórum, onde o usuário escreve sobre um tema e ele é discutido por funcionários do banco ou outros frequentadores.
Entrevistas em forma de perguntas e respostas com funcionários e ex-estagiários do banco.
Testes de comportamento.
Comunidades, reunindo temas de interesse dos candidatos como Carreiras internacionais, E depois da faculdade?, Escolhendo uma empresa para trabalhar, Futuro?!!!, Meu TCC, Meus planos e minha família, Minha primeira experiência de estágio e Ser empreendedor.
Microblog, igual ao Twitter mas reservado a membros dessa rede social.
Histórico, que traz as últimas ferramentas utilizadas pelo usuário.
Perfil do usuário, em que o candidato pode também enviar e manter seu currículo atualizado.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
I sent away - Black Francis
I learned to play the xylophone
But I was bored with modern chords
And so today I sent away I sent away
I sent away I sent away
I got a knock I got a box I'm buying stocks
But now to play I sent away
There was a form it wasn't warm
I turned it on and it was born
Took off my belt took off my pelt
Hip hip hooray I sent away I sent away
So be a doll try not to call and after all
I'm M.I.A. I sent away
Then came the day I cursed the day
I cursed the day I sent away I sent away I sent away
It was a jilt I found my Built laid on your quilt
Our love has spilt and gone away
Congratulations your Transformation
You got your scar A.S.F.R.
I lost my head and now it's dead
It had to pay I sent away I sent away I sent away
I lost my head it even bled
But that's o.k. I sent away
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
SMIRNOFF ICE GENÉRICO
1 litro de vodka Natasha (se você tiver grana sobrando, compre a Smirnoff).
2 litros de Sprite
1 envelope de Clight de limão
1 litro de água mineral com gás
É só misturar todos os ingredientes bem gelados. Rende o equivalente a 16 garrafinhas.
* Esta receita é encontrada na net sem autor.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Lobão: "É um momento ridículo, uma "lucianohuckzação" do Brasil"
Lobão acabou roubando a cena com seu show na passarela da Reserva, que fechou o quarto dia da SPFW, nessa segunda-feira (31), na Bienal. Fato surpreendente, já que o desfile da marca carioca é um dos mais aguardados da semana de moda paulistana. O músico lançou mão de um rock pesado e empolgante, causando furor na plateia. O tema da coleção de inverno da marca de moda masculina é Décadence avec Élégance, nome de uma música que Lobão compõs nos anos 80. Ele explica: “O rock tem uma elegância decadente. O que é legal do rock é uma guitarra toda arrebentada, velha, de 1957, assim como um jeans velho e desbotado. Esse é um conceito que causa um fascínio, porque a coisa funciona e aparentemente ela está meio desgrenhada”.
Para ele, a decadência é algo sublime. “Você vê as modelos, todo mundo meio drogado, meio com olheira, é charmoso. A decadência advinda de se jogar na vida, isso é uma coisa que fascina as pessoas. Porque a maioria das pessoas não se arrisca, nem admite a decadência. A decadência admitida se torna divina”. iG Gente bateu um papo com ele, que acaba de lançar sua primeira a autobiografia, “50 anos a mil”. O músico ficou bem satisfeito com o livro, que teve recordes de vendas: “Eu li e já reli várias vezes e não tive vergonha de mim. Isso é um bom termômetro porque eu sou muito duro comigo”, disse. Confira a conversa e a galeria de fotos:
Élégance avec décadence
"Élégance é Deus, élégance é a natureza humana, a elegância que mostra a nossa possibilidade de ser mais evoluído. Porque élégance envolve delicadeza, senso estético, ritmo e um senso de eternidade. A decadência quando é ousada e explícita, é divina também. Tem a decadência ascendente e essa é inadmissível, o resto está tudo certo".
Nem sempre se vê"Nem sempre vejo altos filmes e altos livros. Está faltando ler, estou cheio de livros na minha prateleira, filmes que eu não estou vendo. Estou numa fase obsessiva com a minha guitarra e eu não vejo nada".
Blá Blá Blá"O Brasil está muito alegrinho, essa alegria politicamente correta, eesa coisa teletubbie, é de uma violência pra mim. Nada mais violento que você se higienizar socialmente, o Brasil está sofrendo uma fase de higienização social da pior espécie. Isso é um blábláblá. Todo mundo elogia todo mundo, isso pra mim é uma claustrofobia, o pior tipo de violência. O nosso País vive um momento muito ridículo, uma 'lucianohuckzação' do Brasil".
Não dá para controlar"Não dá para controlar a ejaculação precoce!"