sexta-feira, 30 de outubro de 2009

In Rainbows, o álbum da década

Por Alexandre Matias

Vamos falar a verdade – o Radiohead só passou a existir a partir do segundo semestre de 1997, quando OK Computer definiu uma fronteira ainda inconsciente. Ali terminava a carreira de uma banda do terceiro escalão da geração britpop, que se esforçava para suprir a lacuna deixada pelo U2 à medida em que Bono e companhia mergulhavam na dance music. Mesmo com algumas boas faixas em The Bends, o Radiohead era menos do que nota de rodapé na história do rock, fadado a ser lembrado mais por “Creep” do que por faixas infinitamente superiores, como “High and Dry”, “Fake Plastic Trees” ou “Just”. Até que, em um disco, mudaram completamente a abordagem de sua música, sua própria noção de importância e a consciência de perspectiva histórica. OK Computer era uma coleção de faixas que soavam tão inquietas quanto clássicos do rock, devendo tanto ao stress existencialista da geração X e à paranóia consumista dos anos 90 quanto aos discos solo dos Beatles e os discos certos do rock progressivo. E toda poeira retrô que pairava sobre as canções do último álbum da história do rock soa setentista ao mesmo tempo em que flutua pós-moderna, como se letra e música fossem atiradas à ausência de gravidade e humanidade de uma etapa cinzenta a seguir. Imagine o estado da banda ao conduzir versões com 14 minutos de uma “Paranoid Android” ainda não gravada para o público da primeira turnê americana de Alanis Morrissette, de quem foram o show de abertura.

Mal sabíamos como aquele OK Computer seria definitivo: surrupiada de Douglas Adams, a frase funcionava como um epitáfio para o mundo pop como o conhecíamos, de artistas inatingíveis, canções que soam como hinos, discos para serem ouvidos de cabo a rabo, a indústria fonográfica em particular e o mercado de entretenimento como um todo. Tudo começaria a ruir naquele semestre. Ao mesmo tempo em que as letras da banda pareciam concretizar-se, novas estradas digitais eram erguidas. A ausência de resistência do título não era apenas um último suspiro, uma trégua final – também anunciava o início de novas regras no jogo do pop. Afinal, o computador não era apenas a caixa cinzenta de plástico que passaria a nos conectar através de uma rede neurológica planetária artificial, mas também cada um de seus usuários. Ao ceder ao computador, a banda estava encerrando também o ciclo de relação da banda com o ouvinte passivo, afinal, a partir dali ele também inseriria dados na equação do sucesso de determinado artista que iam além da simples compra de ingressos ou de discos.

O próprio Radiohead foi cobaia desta nova realidade ao ver o disco posterior a OK Computer aparecer online antes de ter sido lançado. Três anos após ter subido degraus consideráveis em importância no mundo pop graças a um único disco, o Radiohead armava a contagem regressiva para o lançamento de um disco que a indústria esperava ser campeão de vendas com notícias que diziam que o disco seria hermético e experimental. E a expectativa aumentava quando gravações com as novas faixas tocadas em shows começaram a aparecer na internet –que culminou com o próprio vazamento de Kid A quase dois meses antes de seu lançamento oficial. Aquela novidade era uma prática que já vinha acontecendo com artistas menores, mas, com a chegada do Radiohead ao primeiro escalão do pop, abriu as possibilidades de ver a internet como vilã, ao minar as possibilidades de um artista de grande porte vender ainda mais discos. O resultado foi um esgar inicial à complexidade e densidade das canções, avessas ao classicismo de OK Computer, que rendeu notícias anunciando a morte prematura do disco. Mas foi o tempo necessário para o público digerir o álbum e seu conceito antipop para que Kid A, contrariando todas expectativas, se tornasse um dos discos mais vendidos do ano 2000 no mundo inteiro.

Com Kid A, o grupo virou as costas para o que havia pregado em OK Computer e partiu para o que mais havia de vanguarda na época. Lembro da Wire, bíblia da música experimental, estampar Thom Yorke em sua capa com um misto de admiração e culpa, pois a banda de rock mais popular do planeta tinha levado para seu aguardado disco parte do universo de exploração e experimentos endeusados pela revista. A música mais “fácil” de Kid A não ajudava muito, ao criar um neologismo que fundia idiotice com discothéque, numa crítica nada sutil à pista de dança. Pesado e de poucos amigos, Kid A é um salto no escuro tão radical quanto os álbuns negros do Prince e do Metallica – embora não tenha errado tanto quanto o primeiro nem acertado tanto quanto o último. Em seu quarto disco, o Radiohead tinha deixado de ser uma banda pop aspirando o Olimpo para assumir a expressão de uma esfinge, uma Mona Lisa de olhos tortos que ri de/com/para algo – e você não sabe do quê.

Os discos seguintes continuaram a trilha, abrindo-a para os lados. Amnesiac é o lado B de Kid A e o disco ao vivo I Might Be Wrong compila as músicas dos discos anteriores que poderiam ter feito o sucessor de OK Computer um disco palatável – mas desimportante por ser muito parecido. Com Hail to the Thief, eles ampliam ainda mais suas discussões ao assumir posições políticas ao mesmo tempo em que costuram o experimentalismo com sua maior qualidade, as canções.

Sete anos depois do abismo Kid A, o grupo dá um passo ainda mais ousado - talvez até mesmo que o de OK Computer. Tudo estaria resolvido em menos de um mês. Em setembro de 2007, pouco se falava sobre o próximo disco do Radiohead e no mês seguinte a banda dominava o imaginário mundial. Começou com o mínimo de barulho num site chamado www.radiohead7lp.com, que computava uma contagem regressiva para alguma coisa. Sim, era o sétimo disco do Radiohead que estava para ser lançado, mas logo a própria banda vinha em seu site para dizer que não tinha nada a ver com aquela contagem regressiva. Em alguns posts anteriores, o grupo apenas lançava mensagens enigmáticas, criptografadas – uma delas foi traduzida como sendo MARCH WAX, o que levava a crer que o próximo disco da banda sairia apenas em vinil, seis meses depois.

Ou não. Eis que o tal cronômetro chegou ao zero, revelando a frase - THE MOST GIGANTIC LYING HOAX OF ALL TIME (O MAIS GIGANTE E MENTIROSO BOATO DE TODOS OS TEMPOS, tudo em caixa alta mesmo) linkada a um vídeo do YouTube, que nos fazia cair no clipe de “Never Gonna Give You Up”, de Rick Astley, num primeiríssimo Rick Roll’d em larga escala. Ao mesmo tempo, o próprio site da banda revelava a seguinte mensagem:

“Hello everyone.
Well, the new album is finished, and it’s coming out in 10 days;
We’ve called it In Rainbows.
Love from us all.
Jonny”

Dali você era redirecionado para o site InRainbows.com, que escreveria uma nova página na história do capitalismo. No momento em que você optava por comprar o álbum, o site lhe oferecia a opção de escolher o preço que queria pagar. Não era simples altruísmo: assim, o que o Radiohead admitia era o fato de que, uma vez feito, o disco já estava lançado – pagaria quem se dispusesse a faze-lo. Mais do que ter o preço avaliado pelo comprador – o que é um conceito inovador em si –, In Rainbows foi dado de graça. Quem quisesse, poderia pagar pela comodidade de receber, além das dez faixas disponibilizadas em MP3, um pacote com o disco em vinil em edição especial, que ainda incluía um disco extra. Calibrando suas faixas com um bitrate específico (160 – ao contrário dos 320, 192 ou 128 que são usados como padrões), eles logo dominavam a rede com o mesmo disco em milhões de HDs diferentes. Ao contrário do vazamento involuntário, que pode pular uma das etapas do processo de produção do disco e vir com algo menos (títulos definitivos, masterização, ordem das músicas, etc.), In Rainbows chegou inteiro e ao mesmo tempo para todo seu público – e exatamente como queriam seus autores. Em um fim de semana, o sétimo disco do Radiohead deixava de ser uma conspiração decodificada por fãs para se tornar um novo paradigma para a cultura pop.

In Rainbows ainda tem outro mérito – o de mostrar que download gratuito não pressupõe pirataria, como desinformava a guerra de nervos promovida pela indústria do disco no início da década, quando insistia em jogar na internet a culpa da má gestão de seus próprios negócios nos anos 90 e trata-la como vilã. Assim, se uma incauta geração inteira baixava MP3 como se não houvesse amanhã, outra, precavida, comprava seus MP3 com medo de prejudicar seus artistas favoritos. O Radiohead deu a esta última a chance de baixar não apenas uma música, mas um disco inteiro, de um artista estabelecido – de graça, sem dor.

O feito transformou o Radiohead em novo paradigma digital. Não apenas o universo musical, mas todos conscientes do papel da internet ouviram falar da nova estratégia da banda, que em uma semana, teve mais de um milhão de downloads só do site oficial, dominou a parada da Last.fm e apresentou-se para gente que nunca tinha sequer parado para ouvir o grupo. Além de impulsionar uma safra de artistas a adotar o formato.

Há quem desmereça o feito como mero recurso técnico feito para distrair a atenção da essência artística – reação usada para esvaziar os efeitos de Guerra nas Estrelas ou de Dark Side of the Moon, a cor em O Mágico de Oz, a pompa de Sgt. Pepper’s, o timbre de João Gilberto, a falta de respostas em Lost ou a filosofia de araque em Matrix. Os detratores do pop desvinculam tais elementos de suas obras originais de forma a torná-los ridículos para quem acompanha o fenômeno de fora, sem perceber que é justamente esse o elemento responsável por ampliar o público para longe do nicho, rumo às massas. E por mais óbvio que pareça ter sido o salto dado por In Rainbows, ele foi crucial, pois quebrou o parâmetro linear de produção da era analógica, que inevitavelmente faria o disco ser lançado mesmo em março de 2008, caso a banda entregasse o disco à gravadora, e não ao público. A sensação de desnorteamento foi tamanha, que havia quem considerasse o lançamento digital do disco um híbrido improvável batizado de “vazamento oficial” – sem perceber a contradição no termo. Como provocação, a banda ainda marcou o lançamento oficial do CD para o primeiro dia de 2008 – como se perguntasse a quem falou em “vazamento oficial” de quando é que eles vão datar o CD, 2007 ou 2008? Endossando a provocação, o Radiohead ainda fechou um acordo com a CurrenTV de Al Gore para transmitir um show gravado no estúdio da banda no último dia de 2007. Poucas horas antes do disco chegar às prateleiras das lojas do mundo, milhares de fãs da banda em todo o planeta cantavam todas as músicas de um disco que ainda não existira fisicamente, apenas de forma digital.

Mas o fato é que todo esse rebuliço não seria tão importante caso In Rainbows não fosse bom. Tanto que logo depois o Nine Inch Nails lançou um disco de forma ainda mais ousada – tanto em termos mercadológicos quanto em se tratando de narrativa – e ninguém mal ouviu falar do disco. Por que é ruim? Não, afinal de contas, o trabalho de Trent Reznor é sério. Mas por que não se conecta de forma tão intensa com a própria época como o do Radiohead.

E chamar In Rainbows de um bom disco é exagerar na modéstia. In Rainbows é o melhor álbum dos anos 00.

Pois todo experimentalismo da virada do milênio já havia sido digerido pela própria banda. Expurgando a possibilidade de se repetir ao cogitar discos de vanguarda em vez de álbuns de rock, o Radiohead aos poucos abandona a experimentação e o improviso, rumo ao artesanato cancioneiro. As texturas e timbres alienígenas de Kid A/Amnesiac surgem nas entrelinhas, nos arranjos, nos detalhes de In Rainbows – que é, essencialmente, uma continuação de OK Computer. Há uma linha de raciocínio que inclusive busca ligar ambos discos e fãs do grupo são instigados a procurar sentido em coincidências como o fato dos dois discos serem batizados com expressões com duas palavras, uma com duas letras e outra com oito. Já cogitaram até mesmo que a audição entrelaçada das faixas dos dois discos abre uma nova dimensão entre suas canções – mas o efeito é mais lúdico do que racional e poderia funcionar com quaisquer faixas dos últimos discos da banda (sinal da coesão de sua sonoridade). Mas há ainda quem veja coincidências nos detalhes – e há uma ênfase no número 10 que sugere alguma referência à linguagem binária no Código Radiohead. Além dos discos terem 10 faixas cada (OK Computer tem doze, sendo que uma, “Fitter Happier”, é um interlúdio), OK Computer e In Rainbows foram lançados com dez anos de diferença entre si – e o último lançado exatamente no dia 10 de outubro (o mês 10) de 2007. E mais: o fato do título dos discos começarem com as letras “O” e “I” também seria outro aceno ao código binário. “Down is the New Up” – parece que tem mesmo algo aí.

Mas, principalmente, há a música – e ela se mostra a princípio hermética. In Rainbows abre fechando-se com uma rajada de beats tortos, primos da gravadora Warp, que tanto bateu no grupo no início da década. “Como posso terminar onde comecei?”, pergunta-se Yorke, sem se preocupar em nos dar as boas vindas. “15 Step” aparentemente nos guia para outro beco sem saída experimental. Mas aos 40 segundos, deixa a guitarra jazzista de Jonny Greenwood superpor-se à percussão esquizofrênica – e a de Ed O’Brien logo surge funcionando como segunda voz, junto com uma sinuosa linha de baixo e uma melodia direta e reta, oposta a seus versos de abertura. “Tudo estava bem/ O que aconteceu? O gato comeu sua língua?”, pergunta o vocalista sobre a mudez espiritual de nosso tempo. “Etc. etc./ Fatos ou o que for”. O clima apático e tenso parece dissolver-se numa melancolia pós-milênio que filtra todo o disco – um sentimento que é um vazio existencialista parente da apatia cantada por Kurt Cobain e de um blues robô, que une Kraftwerk, Daft Punk, Aphex Twin e Brian Eno numa espécie de eletrônica autoral, em que o ritmo tem mais sentido do que sensação. Mas se essa sensação oca era a mesma que causava desespero e náusea em OK Computer, em In Rainbows ela parece menos caótica e mais precisa – como se tivesse completado um ciclo (os “15 passos” seriam um programa?).

“Bodysnatchers” segue dura e rock, com seu riff distorcido conduzindo o ritmo como um cavalo selvagem, acompanhado em seguida por toda a banda. Esta alterna entre o pique inicial (cuja letra revela seu protagonista catatônico – “pisque seus olhos/ Uma vez para ‘sim’/ Duas vezes para ‘não’/ Eu não faço idéia do que você esteja falando”) e uma clareira de ritmo, quase zen, quando uma guitarra saída de um disco do Cure ou um teclado fantasmagórico sublinha os gemidos de Yorke. “A luz apagou pra você?/ Pra mim, apagou/ É o século 21”, canta numa performance, que vai do grunhidos ao sussurro, sua voz tão solta na parte final da canção como qualquer outro instrumento da banda, tão importante à formação sonora quanto as três guitarras, os teclados ou a cozinha decidida – e é ela quem encerra a faixa repetindo “eles estão vindo!”, como se impressionada com a coesão e força da usina de som que lidera, logo depois de concluir “eu estou vivo”.

“Nude”, conhecida pelos fãs de shows com outro título, “Big Ideas”, começa superpondo vocais, samples de corais, cordas sintéticas para criar um clima de catedral, que é logo esvaziado – deixando apenas Yorke com o baixo de Colin Greenwood e a bateria de Phil Selway, criando uma atmosfera bucólica e tranqüila (embora a letra cante que por mais que você se apronte,“sempre algo estará faltando”), em que as duas guitarras entram como se fossem uma só, alternando detalhes dedilhados como nas baladas mais hipnóticas do Velvet Underground ou as canções mais pastoris do Pink Floyd. E logo essa estrutura instrumental serve como base para as mesmas cordas, samples e vocais que abriram a canção voltarem – e quando Yorke deixa sua voz soar sem letra, há um minuto do fim, estamos ouvindo um dos trechos musicais mais bonitos de nossa época, quase uma revelação sentimental, sentimentos que só a música consegue traduzir – palavras falham.

O disco retoma à contagem de tempo antes da bateria assumir o ritmo incessante kraut que funciona como tela em branco para três guitarras superporem dedilhados, completando-se em “Weird Fishes/Arpeggi”. Não consigo dissociar não apenas essa faixa, mas diversos momentos de In Rainbows, da descoberta do violão feita pelo Legião Urbana em seu segundo disco – até porque a própria trajetória do Radiohead ultrapassa um arquétipo vivido pelo grupo de Renato Russo, que é quando uma banda guitarreira descobre a eficácia da harmonia em detrimento do ritmo e a sutileza do instrumento acústico em contraste à histeria elétrica. “Weird Fishes” é parente bastarda de “Andréa Doria” e “Plantas Debaixo do Aquário”, as mesmas texturas instrumentais, mesma sensação de esperança disfarçada de desespero, mesma abordagem temática do mar (Andréa Doria era o nome de um barco italiano que afundou em 1956, perto de Nova York).

De andamento quase fúnebre, “All I Need” é outra bomba-relógio – ela parece prenunciar uma música tensa e solene, quando, na verdade, é a balada mais pop que o grupo já fez; uma canção pronta para aquecer corações, escorada em um arranjo com cara de Björk: bateria minimal, piano soturno, efeitos sonoros, ecos, muitos vazios. Ela termina em “Faust Arp”, uma microcanção em que o arranjo de cordas a deixa com ar ainda mais pastoril, nickdrakeano, onde o grupo faz valer seu anglicismo.

A linda “Reckoner” é outra música que vai sendo construída lentamente entre nossos ouvidos, cada camada de instrumento sendo disposta de forma didática, nos ajudando a ouvir o que cada um faz na banda e nos explicando sentimentalmente o que é que precisa nos afeiçoar em uma canção para que ela torne-se universal – neste caso, apenas o andamento e a melodia, todo o resto é assessório. O vocal de Thom em especial deixa a aparente psicopatia de lado e atinge seu grande momento – em especial quando, na segunda parte da faixa, canta consigo mesmo e entoa, quase em segredo, o nome do disco. “House of Cards” não deixa cair – e vai pela mesma fórmula da canção anterior nos fisgando sem pensar. Desta vez o ritmo é determinado pela guitarra, que é apenas seguida pela bateria, deixando Thom Yorke ter seu outro grande momento, cantando em tom grave, oposto ao falsete de “Reckoner”. Há tanta referência – e reverência – ao folk dos anos 70 quanto à música ambient da virada do milênio, em outra canção irretocável.

“Jigsaw Falling Into Place” é o grande momento do disco, como se fosse uma “Paranoid Android” amadurecida em dez anos – as mudanças entre as faces da música são menos abruptas e suas diferentes caras soam complementares, não antagônicas. Ela aponta para uma certeza que toma conta do disco – de que estamos finalmente vendo as coisas do jeito que elas são. Caem as máscaras erguidas pela comunicação e aos poucos conseguimos ver quem é quem, como se o ataque de pânico de OK Computer fosse substituído por uma sabedoria cínica, algo Tyler Durden, um sociopata disposto a derrubar tudo por dentro – a princípio o tom é sóbrio:

“Logo que você segura minha mão
Logo que você anota o número
Logo que as bebidas chegam
Logo que eles tocam sua música favorita
A mágica desaparece”

A letra continua dissecando toda a tensão da sociedade moderna do mesmo jeito em que a banda cresce – instrumentos acústicos e vocais que cantarolam começam a ser trocados por berros, solos de guitarra e cordas dramáticas e a música ganha um volume e densidade que no início era apenas referido. A letra invade um outro país das maravilhas de Alice, de paredes que perdem forma e gatos que sorriem mas também de ruído, ritmo e câmeras de circuito fechado. “Nunca fui lá/ Só fingi que fui”, “antes que você entre em coma/ Antes que você fuja de mim”, “Pra que servem instrumentos?/ Palavras são armas de cano serrado”, Yorke nos induz ao transe dervixe inglês antes de sentenciar que o quebra-cabeças começa a fazer sentido: “As peças se encaixam/ Não há nada a ser explicado”, canta como um guru psicodélico que guia um novato em uma viagem alucinógena – mas a viagem que a banda propõe é justamente abandonar o excesso de referências que polui e superlota nossas cabeças para “desejar que o pesadelo se vá”, pois “você tem uma luz e pode senti-la”. E ele não está sendo esotérico, como dá pra perceber.

“Videotape”, devagar quase parando, encerra o disco com a melancolia de um velho VHS, Thom Yorke vê-se póstumo ainda querendo ater-se à vida que acabou de perder (“quando eu chegar às portas do céu/ Isso estará gravado em vídeo/ Mefistófeles logo abaixo/ Tentando me puxar”), nos fazendo pensar em nostalgia e como nos apegamos mais ao passado do que ao presente. Os acordes congelados ao piano são emoldurados por ruídos e texturas, sem nunca superpor-se à canção.

In Rainbows é um conjunto perfeito de 10 canções perfeitas. Elas conversam entre si exatamente como falam das sensações que todos sentimos nos dias de hoje – um medo opressor cuja natureza é indeterminada, a tensão de ser humano – animal ou racional? – na medida em que a civilização entra em colapso, uma sensação vazia que se sobrepõe ao excesso de tudo. São os mesmos sentimentos desenhados em OK Computer, o que muda é a relação da banda com eles – se no primeiro disco parecia espantar-se e cogitar o suicídio, neste percebe que todo o ruído e poluição é só a casca de uma pseudo-realidade – e que o que há por trás do excesso de informações e caos de consciência que distorce nossa rotina é muito simples, claro e fácil.

Alie isso ao fato de In Rainbows não ser um disco de inéditas. Conhecidas de seu público através de shows, todas as faixas já haviam aparecido mais de uma vez e já tinham vídeos no YouTube, letras em sites de fã e seqüências de acordes em repositórios online de canções cifradas para violão. Não era seu ineditismo que as tornava especiais em In Rainbows – mas a forma em que elas foram dispostas, sua produção, seus arranjos, o sentido que fizeram umas juntas às outras. Uma outra leva de músicas ainda podia ter se juntado à coleção inicial mas terminou como uma espécie de conteúdo extra – o segundo disco do vinil duplo vendido através do site – mas que, quis o destino, não era In Rainbows.

In Rainbows é um conceito fechado, uma declaração de princípios, um manifesto estético. Mais do que um disco que assumiu-se digital por natureza e copiável por definição, é uma coleção de canções que não apenas traduzem certas sensações que permeiam nosso dia a dia, como faz isso com estilo, bom gosto, senso de importância e perspectiva histórica. Uma obra que ainda faz valer a existência de um formato, a prova de que o fim do CD não pressupõe o fim do álbum. E, por tudo isso, é o disco mais importante da década.

Nos anos 90, o Radiohead não chegou perto deste título pois seus padrões foram estabelecidos logo no início – e OK Computer teria de competir com obras-prima como Blue Lines, Nevermind, Check Your Head, Loveless, The Chronic, Screamadelica e BloodSugarSexMagick. A década seguinte também talhou seu modus operandi de cara – e, desde o início, descartou o álbum como formato. Medidos em canções, os anos 00 esvaziaram o formato álbum de diferentes formas – de bandas que movimentam-se exclusivamente por singles (como toda a geração novo rock nascida após os Strokes) a artistas que se lançam por etapas, adicionando elementos extra à medida em que envolvem o ouvinte (pense nas carreiras de Dangermouse, Jack White, Marcelo Camelo ou Nick Cave – e suas muitas camadas de apresentação ao público). Quando o Radiohead se propôs a lançar In Rainbows como o lançou, sabia onde queria estar.

A expectativa para os shows do Radiohead no Brasil essa semana não é à toa: estamos às vésperas de assistir à maior banda do planeta hoje tocar o show da turnê do disco da década.

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Alexandre Matias é jornalista, escreve no Trabalho Sujo, integrante d’O Esquema

Leia também
- “Pablo Honey”, por Eduardo Palandi (aqui)
- “The Bends”, por Renata Honorato (aqui)
- “Ok Computer”, por Tiago Agostini (aqui)
- “Kid A”, por Luís Henrique Pellanda (aqui)
- “Amnesiac”, por Marco Tomazzoni (aqui)
- “Hail To The Thief”, por Marcelo Costa (aqui)

A realidade segundo o Radiohead

http://setedoses.com/2009/03/22/a-realidade-segundo-o-radiohead/

Bodysnatchers

http://peixesestranhos.blogspot.com/2007_11_01_archive.html

Radiohead – In Rainbows

http://revistaymsk.wordpress.com/2007/11/02/radiohead-in-rainbows/

Quem acompanha o Radiohead nesses quase 15 anos de carreira percebe que a trajetória da banda foi guiada por redirecionamentos estéticos a cada disco, sejam eles mais bruscos (de “The Bends” para “Ok Computer” e depois rumo a “Kid A”), ou mais suaves (de “Pablo Honey” para “The Bends”, de “Kid A” para “Amnesiac”). “In Rainbows”, o sétimo álbum, pertence a esse último grupo de guinadas leves e certeiras. Mesmo com toda revolução relacionada com o seu lançamento, – disso tratamos aqui – “In Rainbows” mostra um Radiohead de velhas cores em novos tons. São Thom Yorke & cia. pisando em terrenos familiarmente próximos a sua obra (o noise-rock, a eletrônica de vanguarda, o jazz, o rock progressivo, orquestrações suntuosas, baladas atmosféricas), mas de maneira suficientemente distante para saciar suas pretensões artísticas.

As batidas pesadas dos primeiros segundos de “15 steps” evocam “Amnesiac”, mas quando a guitarra (estranhamente semelhante aos Los Hermanos de “4”) e o baixo melódico de Colin Greenwood surgem, a música toma um novo rumo, com direito a coro de crianças. Na faixa seguinte, “Bodysnatchers”, a banda volta por um momento ao rock, mesclando a barulheira do Sonic Youth com os hinos de estádio do U2. No entanto, ao contrário do messianismo de Bono, Yorke foge do estigma de líder (“eu não faço idéia do que eu estou falando”).

“Nude” (também conhecida como “Big ideas”) é a famosa canção que atormenta o Radiohead desde “Ok Computer”. A faixa já teve diversos arranjos e versões, como a que é mostrada no documentário “Meeting People Is Easy”, sobre a exaustiva turnê de “Ok Computer”. Em “In Rainbows”, a música se torna a peça chave do álbum, resumindo grande parte de suas características marcantes. É uma balada atmosférica, na linha de “How to disappear completely” e “Subterranean homesick alien”, só que, ao contrário delas, “Nude” retoma uma espacialidade mais orgânica, construída com mais orquestrações e menos efeitos de estúdio (como em alguns momentos de “The Bends”).

Reflexo de seu álbum-solo “The Eraser”, Thom Yorke volta usar a voz como o leme emotivo de suas canções, como não fazia desde “Ok Computer”. Yorke canta de novo daquela maneira de que nós aprendemos a gostar, como se ele estivesse olhando e narrando o fim do mundo, a última explosão que dará cabo de tudo.

A grande diferença é que a atmosfera de “Nude” remete por meio de suas orquestrações a imagens marítimas, onduladas, como se as guitarras de “Nowhere” do Ride fossem substituídas pelos arranjos orquestrais rebuscados do Mercury Rev de “Deserter’s Songs”. Essa mesma atmosfera marítima invade outras faixas de “In Rainbows”, como “Weird fishes / Arpeggi” e “House of cards”. Essa última tem uma levada de guitarra quase praieira, solar, desafiando a pesada atmosfera de mares revoltos de suas cordas, que soa como se o Spiritualized fizesse cover de Jack Johnson.

Com 10 anos de “Ok Computer” completos em 2007, o Radiohead se apresenta livre de (quase) todas as paranóias e problemáticas introduzidas por esse álbum. “In Rainbows” é a coleção de canções mais pessoais de Thom Yorke em muito, muito tempo. Como em “All I need”, canção definitiva do Radiohead sobre amor, desejo e obsessão. É “Creep”, “High and dry”, “Climbing up the walls” e “True love waits” em uma única música. É o ponto alto de “In Rainbows”. O instrumental é bastante simples, uma batida fuleira de trip hop que vai duelando com um sintetizador pesado e distorcido e com notas esparsas de um piano, enquanto a voz canta, disléxica, a letra cheia de imagens estranhas e poderosas. Uma mariposa rodeando a luz no teto, um animal preso num carro, os dias que você escolheu esquecer. No final do segundo refrão, a melodia do piano começa ficar mais forte, até que explode junto com a discreta levada de bateria. É o momento em que o disco e o Radiohead se revelam em toda a sua grandeza. É o terror das últimas esperanças presente no refrão de “There’s a light that never goes out” dos Smiths misturado com o êxtase espiritual e idealista de “All is full of love” da Björk. É inefável. Nessa confusão de sentimentos, Yorke mata a charada: “it’s all right, it’s all wrong”.

Em “Faust ARP” a banda visita um território pouco explorado, o do folk. Há uma breve relação com “Go to sleep”, de “Hail To The Thief”, mas a faixa tem uma melodia doce, quase sessentista. O ambiente calmo logo dá lugar ao clima tenso de “Reckoner”, momento que mais lembra “Ok Computer”, mesmo com a ausência das guitarras. O falsete de Yorke chega ao máximo, se misturando ao belo arranjo de cordas.

“In Rainbows” acaba da maneira que começou, com sua familiaridade desconhecida. “Jigsaw falling into place” é sobre a perda de controle e chega a ser dançante, mas é conduzida por uma levada de violão, com quase nada de eletrônica. Preenchendo os espaços, há um coro que fica no limite entre o soul e o gótico.

A faixa final, “Videotape”, é mais um exemplo de que o hiato de mais de quatro anos fez bem ao Radiohead. Cada faixa parece ter sido meticulosamente construída, cada nota parece ter o propósito de ser magnífica. A canção é uma balada assombrada como tantas outras no repertório; no entanto, é dotada de uma atmosfera própria, de um estado de graça em que cada elemento se confronta e se harmoniza, como num beijo repelido.

No final da canção, quando Yorke canta “this is my way of saying goodbye / because I can’t do it face to face”, abre-se um vácuo passível de várias especulações. Seria “In Rainbows” a carta de adeus? Seria a prometida turnê mundial de 2008, também a última? Como que respondendo, ele emenda “no matter what happens now / I won’t be afraid”. Não importa mesmo. O futuro é algo que não cabe nem ao Radiohead prever. O que realmente importa é que mais uma vez – e já foram tantas – eles estão mudando o nosso presente e continuam o fazendo de maneira brilhante.

por Livio Vilela

Sexo anal é a solução do casamento

Saiu em estudo recente: Mulheres que praticam sexo anal são mais fiéis.

Esse é aquele momento em que paramos, pensamos e chegamos a uma brilhante conclusão: o anal é a solução de todo casamento moderno. Por quê?

Ora, é fato que a maioria dos detentores de saco escrotal são grandes fãs de engatar a quinta marcha durante o sexo, mas é difícil encontrar aquela disposta a acionar a ré. Encontrar isso no casamento é como descobrir petróleo no quintal de casa. Duvido que um homem praticante do sexo anal constante com sua esposa tenha o mínimo de envergadura moral para, numa roda de amigos, soltar algo como: “meu casamento tá uma merda” - Jamais! Em meio a compatriotas que só sabem o que é isso em filmes da Silvia Saint, ele provavelmente receberia como resposta: “Ah, cala a boca que você pode comer uma tarraqeta”.

Todos os problemas acabam quando se tem o poder sobre o botão de sua esposa. Para melhorar, o homem que tem este tesouro, além de poder penetrar nos confins do maravilhoso mundo de Nárnia, poderá dormir tranquilo sabendo que sua mulher provavelmente não está lhe traindo.

Mulheres, cuidado. A partir de agora qualquer jantar romântico poderá ser entendido como uma tentativa de emplastrar-lhe o roscofe. Já até imagino um Zé peladão correndo pela casa atrás de sua mulher aos prantos, gritando: “Amor! É pelo bem das crianças!”

Canalhas adoradores de cu. Tsc, tsc, tsc.

http://controleremoto.tv/blog/2009/05/sexo-anal-e-a-solucao-do-casamento/

Agassi reveals more in autobiography

So much of Andre Agassi's life has been spent in the public eye -- the various highs and lows, on and off the court, during his transformation from tennis brat to elder statesman -- that it was possible to wonder how much more there was to be said about it all.

Plenty, it turns out. Excerpts of Agassi's upcoming autobiography published Wednesday by Sports Illustrated and The Times of London contain graphic depictions of his use of crystal meth, an account of how he wriggled his way out of a suspension by lying to the ATP tour after failing a 1997 drug test and the jarring contention that he always hated tennis "with a dark and secret passion" because of his overbearing father.

If image is indeed everything, as Agassi used to say to sell a sponsor's cameras, he has provided new, indelible, behind-the-scenes images -- along with raising questions about why he chose to reveal his crystal meth habit.

"Is it cathartic? I don't know. I think it's strictly from the heart. That's the way he has operated in my view, going back to the latter portion of his playing career," said Arlen Kantarian, who ran the U.S. Open from 2000-08. "I'm sure he feels good about getting it out on the table."

Agassi, who won eight Grand Slam singles titles before retiring in 2006, is not explaining himself at the moment. His representative referred interview requests to his publishing company, which has set up a "60 Minutes" appearance on Nov. 8, the day before the book's scheduled release.

After an exhibition match Sunday in Macau against longtime rival Pete Sampras, Agassi was asked if the book contains major revelations.

"I think I had to learn a lot about myself through the process," Agassi said. "There was a lot that even surprised me. So to think that one won't be surprised by it, it would be an understatement.

"Whatever revelations exist, you'll get to see in full glory," he added. "But the truth is, my hope is that somebody doesn't just learn more about me, what it is I've been through, but somehow through those lessons, they can learn a lot about themselves. And I think it's fair to say that they will."

SI and The Times are among four publications that paid for the rights to print parts of "Open: An Autobiography." Among the material excerpted, Agassi calls his father "violent by nature" and recalls being in the car when his father pointed a handgun at another driver. He writes about making money by hustling people on tennis courts and remembers when, at 9 years old, he beat former NFL great Jim Brown in a match to win a $500 bet for his father.

Agassi poignantly recalls a telephone conversation with his father after winning Grand Slam title No. 1 at Wimbledon in 1992. Dad's initial reaction? "You had no business losing that fourth set," Agassi writes.

He also writes about using crystal meth "a lot" and in sometimes-positive terms, including reference to "a tidal wave of euphoria that sweeps away every negative thought in my head. I've never felt so alive, so hopeful -- and I've never felt such energy."

"Apart from the buzz of getting high, I get an undeniable satisfaction from harming myself and shortening my career," he writes. "But the physical aftermath is hideous. After two days of being high, of not sleeping, I'm an alien. I have the audacity to wonder why I feel so rotten. I'm an athlete, my body should be able to handle this."

Agassi says he wrote to the ATP tour to explain the 1997 positive test and that "the central lie of the letter" was that he claimed he accidentally drank from a soda spiked with meth by his assistant Slim.

U.S. Fed Cup captain Mary Joe Fernandez, a former player who was a contemporary of Agassi's, described the drug revelations as disappointing and "a bit of a shock."

"It takes a lot of guts and courage to come out and say something that nobody would have really known about," Fernandez said. "I've always admired Andre. He was a huge part of inspiring my generation, and he did a lot of great things and continues to do a lot of great things. He's opening up now, and that's his choice. Maybe people can learn from it and not make the same mistakes."

Agassi turned pro in 1986, reached his first major final at the French Open in 1990, quickly drew plenty of attention and kept drawing it -- for his service returns, considered by many to be the best in the game; for his quick-as-could-be reflexes at the baseline; for his denim shorts, Day-Glo shirts, flowing hair and dangling earrings; for his two-year marriage to Brooke Shields and friendship with Barbra Streisand that provided fodder for the tabloids.

He won Wimbledon in 1992, was ranked No. 1 in 1995, won an Olympic gold medal in 1996 -- and then it all unraveled. He dropped to 141st in the rankings and resorted to playing in tennis' minor leagues in 1997, the year he says he first tried crystal meth.

After he escaped punishment for the drug test, he writes, his thought was: "New life."

In addition to returning to No. 1 in the world and completing a career Grand Slam, Agassi became an influential voice on the tennis tour. He also raised tens of millions of dollars for at-risk youths in his hometown of Las Vegas and opened a preparatory academy there.

He also got remarried, to tennis great Steffi Graf -- he calls her "Stefanie" in the book -- and they have two children.

Always evolving.

"It fits in with the story arc of his redemption," said Gene Grabowski, who guides high-profile figures -- Roger Clemens is a client -- through public relations crises.

"It's going to make Andre Agassi even richer. This is going to help him sell his book, which is why he wrote it," Grabowski said.

Agassi reportedly received at least $5 million for the book; the first printing is a half-million copies, a relatively high number in publishing.

"His book will probably sell. It seems very interesting, to say the least," seven-time Grand Slam singles champion Venus Williams said Wednesday after playing at the WTA Championships in Doha, Qatar. "But what am I supposed to say about Andre's life? I can't really say anything."

Calling Agassi "an icon of his sport," IOC president Jacques Rogge said, "If his admission would go together with the message to young athletes that it should not be repeated, then that would be useful."

The International Tennis Federation said the reference to the 1997 drug test was surprising but noted that it did not oversee anti-doping efforts on the men's tour back then. The ATP, which did, issued a statement Wednesday about its rules, in general, noting an independent panel makes the final decision on a doping violation.

John Fahey, president of the World Anti-Doping Agency, called on the ATP to "shed light on this allegation."

The tour declined repeated requests from The Associated Press to address the specifics of Agassi's account.

Reilly: Agassi's Mea Culpa

Andre Agassi's "Open" might be the most revealing, literate and honest sports autobiography in history, Rick Reilly writes. Story

Christian Pior mostra como cada signo faz sexo

Evandro Santo, que vive o personagem Christian Pior, no Pâncio na TV (RedeTV!), sempre usa sua página no Twitter, na internet, para exercitar seu humor inteligente. Desta vez, ele deu uma de astrólogo e disse como cada signo faz sexo.

Confira:

LIBRIANOS: só transam com gente bonita ou interessante, adoram música, lençóis finos e romantismo. Mesmo que o sexo seja casual, não o banalizam.

Embora o VIRGINIANO seja discreto e clássico, é um furacão da indecência, sexo quente e vadio, deixando a pessoa PASSADA. Recomendo!Lado B forte.

LEONINOS: transam se olhando no espelho, gritando na hora do orgasmo e tentando se superar, pra ser a transa mais inesquecível da pessoa.

CANCERIANOS: transam calados, aguentam horas a fio e preferem dar a receber prazer, porque isto é um tipo de controle emocional.

GEMINIANOS: transam falando, perguntando e mudando de posições e cômodos, além "das várias' rapidinhas.

TAURINOS: transam beijando na boca o tempo todo, amam dar e fazer oral e adoram debaixo das cobertas...

ARIANOS: transam dando tapas, puxando o cabelo e falando baixarias.

PEIXES: fazem o sexo que o parceiro quiser e têm prazer em tudo... vão do romântico ao sadomasoquismo, em um piscar de olhos; curtem ser dominados. Loucos!

AQUARIANOS: gostam de novidades, swings, orgias, coisas de sex shop, troca de papéis (masculino e feminino) mas, apaixonados, são fiéis... Paradigma.

CAPRICORNIANOS: são aprontadores, adoram bordéis, saunas e todo tipo de "chulice'. Fazem um sexo intenso, amam transar no ambiente de trabalho.

ESCORPIANOS: transam olhando nos olhos, adoram sexo em lugares públicos, são inesquecíveis.

SAGITARIANOS: são fogosos, apressados (sem paciência pra preliminares), mas têm ritmo no remelexo, falam baixarias e querem toda hora... Galinhas!

Pesquisador enxuga 'lista dos 1001' e indica 10 filmes para ver antes de morrer

Quantos anos alguém deve viver para cumprir o desafio proposto no livro “1001 filmes para ver antes de morrer”? A pedido do G1, o pesquisador americano Steven Jay Schneider, autor do best-seller, decidiu facilitar a missão para nossos leitores e enxugar a lista.

A seguir, o crítico indica os dez filmes que considera os melhores de todos os tempo. Mas ele adverte: a lista não está necessariamente em ordem hierárquica. “Eleger o melhor de todos seria impossível”, diz o pesquisador.

1. ‘Guerra nas estrelas: império contra-ataca’ (Empire strikes back)
EUA, 1980
Direção: Irvin Kershner

Considerado pelo autor o melhor longa-metragem da trilogia original produzida por George Lucas, esta continuação ultrapassa o primeiro filme em diversas frentes. Tem mais personalidade, ação e efeitos especiais melhores. “Esta aventura despretensiosa talvez tenha se tornado até mais brilhante e divertida atualmente”, diz.

2. ‘Um corpo que cai’ (Vertigo)
EUA, 1958
Direção: Alfred Hitchcock


Embora não tenha sido bem recebido quando foi lançado, este longa é atualmente considerado uma das maiores obras-primas do mestre do suspense. “É um filme maravilhoso, perturbador, friamente romântico, com momentos evocativos de surrealismo em close”, descreve o pesquisador.

3. ‘E.T. – O extraterrestre’ (E.T.: The extra-terrestrial)
EUA, 1982
Direção: Steven Spielberg


O cineasta consegue aqui a façanha de unir dois gêneros, a ficção científica e a comédia para a família, com a história de um alienígena que conquista a amizade de crianças. “O filme não se torna uma tolice açucarada graças ao ritmo de Spielberg, à mistura de humor e tristeza no roteiro e ao excelente desempenho do elenco.”

4. ‘Silêncio dos inocentes' (Silence of the lambs)
EUA, 1991
Direção: Jonathan Demme

Foi o primeiro filme de terror da história a ganhar um Oscar, e não foi à toa. O diretor, que antes era conhecido por criar comédias, “deixa um arrepio contínuo na espinha da audiência sem nunca recorrer à sanguinolência”, opina o pesquisador.

5. ‘Rastros de ódio’(The searchers)
EUA, 1956
Direção: John Ford

Uma das maiores obras-primas do gênero faroeste, este filme é construído sobre um enredo simples e composições visuais deslumbrantes, rodadas no Monument Valley americano. “A verdadeira genialidade está no fato de conseguir manter a simpatia dos espectadores pelo protagonista, apesar de ele ser um racista homicida”, diz o autor.

6. ‘Tubarão’ (Jaws)
EUA, 1975
Direção: Steven Spielberg

Esta ficção sobre um tubarão que aterroriza uma cidade foi o primeiro sucesso do cineasta e um de seus filmes mais impressionantes. “Mexendo com nosso medo do desconhecido, ele contrói um clima de tensão crescente revelando aos poucos o tubarão ao som da famosa trilha sonora”, descreve.

7. ‘O silêncio do lago’ (The vanishing)
Holanda/França, 1988
Direção: George Sluizer


Um jovem holandês tenta descobrir o destino da namorada, que desaparece misteriosamente durante as férias do casal. Depois que a polícia dá o caso por encerrado, ele segue atormentado pela perda e começa a refazer, por conta própria, os passos da amada. Nessa busca, ele se entrega nas mãos de um psicopata.

8. ‘Louca paixão’ (Turkish delight)
Holanda, 1973
Direção: Paul Verhoeven

Este filme levantou polêmica na época de seu lançamento por conter cenas de violência extrema e sexo explícito. A história gira em torno da turbulenta relação entre um escultor e uma bela mulher, que dividem uma paixão insana e química sexual. “Um ataque definitivo aos valores burgueses”, diz o pesquisador.

9. ‘Desafio do além’ (The hauting)
Inglaterra, 1963
Direção: Robert Wise

Apontado por muitos fãs do terror como um dos longas mais assustadores de todos os tempos, este longa-metragem usa todo tipo de recursos visuais e sons incomuns para aterrorizar os espectadores. “Não veja este filme sozinho”, aconselha o autor do livro.

10. ‘Como enlouquecer seu chefe’ (The office space)
EUA, 1999
Direção: Mike Judge

Esta comédia de sucesso conta a história de um homem estressado com o trabalho que descobre após fazer terapia que o cotidiano é seu grande inimigo. Decidido a ser demitido, ele passa então a sabotar seu emprego e seu chefe.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Ateus" têm mais chances em sites de namoro, diz pesquisa

Um dos maiores sites de relacionamento dos Estados Unidos, Ok-Cupid, analisou mais de 500 mil "primeiros contatos" entre seus usuários cadastrados e divulgou os resultados a fim de auxiliar as pessoas a serem bem sucedidas ao usarem os serviços da empresa. Entre os principais conselhos estão dicas como não falar sobre religião, evitar elogios físicos e, para os homens, ser modesto.

» Internet substitui intermediários ao amor no Japão
» Internet melhorou relacionamentos de 82% dos brasileiros
» Site mostra coleção de beijos e mensagens de amor

O estudo foi realizado por meio de um software que analisou como algumas palavras-chaves e frases afetaram as taxas de respostas dos "primeiros contatos" e quais tendências se mostravam estatisticamente significantes.

Cerca de 42% das messagens que incluíam a palavra "ateu" receberam respostas, atingindo uma marca 10 pontos percentuais superior à média de respostas de todo o site, segundo reportagem do jornal Telegraph.

Referências às palavras "cristão", "judeus" e "muçulmano" aumentaram muito pouco a taxa de respostas, enquanto a palavra "deus", usada em um primeiro contato, definitivamente desencoraja as pessoas a responderem, de acordo com o estudo.

A análise também sugere que os usuários devem evitar fazer elogios muito cedo. Palavras como "sexy" ou "bonita", por exemplo, derrubaram os índices de respostas. Enquanto expressões mais gerais, como "impressionante" ou "fascinante", aumentaram em quase 40% as respostas recebidas.

Homens que usam termos mais modestos, como "me desculpe", também têm mais chances para obterem respostas. Mas a mesma regra não funciona para as mulheres, segundo os dados da análise.

Os resultados foram publicados no blog do site, acessível no endereço blog.okcupid.com. O OkCupid ressalta que manteve o anonimato de todas as mensagens analisadas.

Filme explica a motivação dos pichadores

Conhecido como Choque, o fotógrafo Adriano dedica-se a registrar o universo da pichação em São Paulo. É um dos maiores especialistas no assunto e, não por acaso, são seus os melhores depoimentos ao longo de “Pixo”, o documentário dos irmãos João Wainer e Roberto T. Oliveira, exibido pela primeira vez neste domingo, na Mostra de Cinema de São Paulo, com a presença de vários protagonistas do filme.

Choque explica que são três as motivações dos pichadores que escalam prédios e arriscam a vida para deixar suas assinaturas em locais de visibilidade na cidade: o prazer da aventura, o reconhecimento social e o protesto.

O primeiro ponto iguala pichação a esporte radical – a aventura de fazer algo proibido, escalar um prédio pelo lado de fora, como documenta “Pixo”, aterrorizante para quem olha do chão, seria equivalente, em termos de adrenalina liberada, a saltar de asa delta do alto de um morro, ou surfar uma onde gigantesca.

Em segundo lugar, quanto mais difícil o lugar pichado – o último andar de um prédio no centro de São Paulo, um trem em movimento ou a parede da Bienal de São Paulo –, maior o reconhecimento e valor do pichador entre os seus pares. Como mostra claramente “Pixo”, eles formam uma comunidade nada invisível, que se reúne em locais conhecidos para troca de experiências e informações.

Por último, a questão mais importante: a pichação é uma forma de expressão dessa comunidade, formada basicamente por jovens de baixa renda da periferia de São Paulo. Colocar o seu nome de guerra, a sua marca, nos muros do centro da cidade, é a maneira de dizer que existem. Para nós, eles apenas sujam a cidade; para eles, a pichação é a forma de se fazer ouvir.

Mal vistos e isolados, os pichadores paulistanos conseguiram atrair ainda mais antipatia para a causa em 2008, ao atacarem, em três momentos diferentes, a galeria Choque Cultural, o prédio da Bienal e o Centro Universitário Belas Artes. Nas três ocasiões, grupos de pichadores invadiram os espaços e aplicaram tinta sobre trabalhos alheios e danificaram o ambiente.

Indefensáveis, porque afetaram realizações artísticas alheias, além de violarem a legislação, tais ataques são mal explicados por “Pixo”. O ataque à galeria Choque Cultural, por exemplo, explicita uma questão que aparece em diferentes momentos do documentário, mas nunca é esclarecida – a rivalidade entre pichadores e grafiteiros.

Reconhecido socialmente como uma forma de arte, o grafite tem alguma semelhança com a pichação. Grafiteiros são, em sua maioria, pessoas de origem social mais humilde, da periferia, que escolheram pintar em espaços públicos. O que era uma violação legal – desenhar num muro – passou, com o tempo, a ser entendido como uma forma de arte, e muitos grafiteiros hoje são reconhecidos como artistas talentosos.

Diferentes grafiteiros – brasileiros e estrangeiros – hoje expõem seus desenhos em galerias de arte e museus. Os irmãos Gustavo e Otavio Pandolfo, OsGemeos, são apenas os mais conhecidos brasileiros num time que tem vários representantes. Alvo dos ataques dos pichadores, a galeria Choque Cultural, não por acaso, é um espaço que exibe trabalhos de grafiteiros.

Diferentemente do trabalho dos “rivais”, as expressões dos pichadores não são reconhecidas como forma de arte – o que pode ajudar a explicar os ataques de 2008 e também as referências irônicas feitas ao longo de “Pixo” à turma do grafite. O filme, porém, evita afrontar abertamente esta questão.

O documentário de Wainer e Oliveira dá vida aos pichadores, humaniza-os, expõe as suas motivações. Apenas por isso, já é um filme de referência para qualquer discussão mais aprofundada que se pretenda sobre o assunto. “Pixo” também evita qualquer julgamento moral sobre os seus personagens – outra qualidade, na minha opinião, já que não precisamos ir ao cinema para ouvir uma condenação aos pichadores.

Ainda há três sessões programadas de “Pixo. Sábado (31), às 20h50, na Matilha Cultural; terça-feira (3/11), às 18h40, no Unibanco Artplex; e quarta-feira (4), àsd 21h15, no Cine Bombril. Mais informações, no site da Mostra.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Quem trabalha na noite conta as investidas que funcionam

Imagine a seguinte cena: o gato está sentado no lado oposto do bar, sozinho bebendo uma cerveja. Você fica curiosa para conhecê-lo e chama o garçom para que ele envie o famoso bilhetinho acompanhado de um drink. Você acha que a tática vai funcionar? Conversamos com alguns de nossos amigos que trabalham na noite sobre as investidas que as pessoas utilizam nas festas e bares para saber quais costumam ter mais sucesso. Porque os bartenders, amiga, de tudo sabem. Imagina que eles passam a noite ali, servindo e ouvindo todo tipo de assunto que as pessoas conversam... É praticamente uma caixa preta da balada! Descubra quais são as táticas mais certeiras de acordo com esses profissionais:

Nas festas, o bar e o balcão podem não ser a melhor alternativa, segundo Tito, do Laika Club, de Porto Alegre: "Na real na pista a coisa toda acontece mais fácil, porque tá todo mundo ali pelo jogo. Fora da pista a pinta tá cansada, conversando com algum amigo ou não ta afim de bombar, então acaba sendo uma abordagem mais difícil."



Nossos consultores também contaram que cantada pronta não funciona, por outro lado as investidas bem humoradas costumam pelo menos arrancar um sorriso, o que muitas vezes pode ser um começo... Mely Paredes, DJ de várias festas em Porto Alegre conta que seguido ouve comentários sobre suas roupas ao discotecar, que às vezes até funcionam.

Todos eles concordam que o staff do bar, incluindo os funcionários do bar e os DJs são bem visados, e às vezes até recebem mais propostas do que os frequentadores. O fato de eles estarem sempre na noite facilita que as pessoas os reconheçam. Sempre tem que peça para caprichar no drink e já dê uma piscadinha pro barman. Então se liga pra não cair nessa tática que já é bem manjada.

Quer saber mais?
Segue a gente no Twitter - @maurenmotta


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Site elege os 100 piores filmes da última década

Rottentomatoes usou críticas de lançamentos para fazer seleção.
Filme com Antonio Banderas e Lucy Liu encabeça lista.

O site americano Rottentomatoes, conhecido reunir críticas de filmes, publicou esta semana uma lista dos 100 piores filmes da última década, a partir de 2000. A seleção toma como base críticas publicadas por jornais, revistas e sites na época do lançamento dos longas-metragens apontados.

A lista inclui títulos de gêneros diversos, desde comédias mal-sucedidas, como "Deu a louca em Hollywood" (2007), até filmes de terror que não assustaram ninguém, como "O despertar do mal" (2005), não esquecendo de sequências decepcionantes, como "Instinto selvagem 2" (2006).

Confira abaixo a lista dos dez piores citados pelo Rottentomatoes. A seleção completa está no site americano.

http://www.rottentomatoes.com/guides/worst_of_the_worst/

ellen roche



elen roche é perfeita.. cintura fina quadris largos, linda, um sonho

Francesca Piccinini, musa da seleção italiana de vôlei polemiza sobre homossexualidade no esporte


Uma das musas da seleção italiana de vôlei, Francesca Piccinini não é só uma bela jogadora. Ela adora causar polêmica. Em 2005, depois de fazer um calendário sensual para uma revista, a atacante disse que posa por prazer, desfila por dinheiro e joga por profissão.

Em entrevista ao programa da TV local "Le Iene Show", Picci, como é chamada pelos fãs, confessou ter feito sexo com o namorado vestido com o seu uniforme do Bergamo, clube que defende, e revelou existir homossexualismo no vôlei. E foi mais além...

"Conheço algumas meninas. Inclusive, já fui assediada por algumas delas".

A italiana disse não ter nada contra as jogadoras que são homossexuais e contou que existe um hábito feminino de uma olhar os seios das outras no vestiário.

"Eu sou a que tem os menores - garantiu ela, lembrando que gosta de homem".

Editora fala sobre livro que explora a fixação por bundas


Dian Hanson é uma mulher extremamente interessante. Aos 58 anos de idade, a americana fez história no mercado pornográfico norte-americano trabalhando como editora (e algumas vezes fundadora) de algumas das mais famosas revistas de nus como Puritan, Juggs, Adult cinema review e Leg show. Desde 2001 é a responsável por livros de conteúdo sexual da Taschen, uma das mais importantes editoras de obras voltadas para arte e fotografia do mundo.

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Foi pela Taschen que Dian começou a lançar livros que exploram os fetiches do ser humano. O primeiro dele foi The big book of breasts (O grande livro dos peitos), seguido por The big penis book (O livro do pênis grande, que quase não saiu por preconceito da cúpula da editora, mas acabou vendendo mais que o primeiro) e finalmente The big book of legs (O grande livro das pernas).

Para o ano que vem, a editora lança um livro dedicado à paixão do brasileiro: The big butt book (O livro da bunda grande). De sua casa em Los Angeles, onde vive com o marido, o escritor Geoff Nicholson, Dian concedeu uma entrevista exclusiva ao Terra, por telefone, em que falou sobre sexualidade, fetiches e, obviamente, bundas.

Terra - O que lhe motivou a trabalhar com nus e pornografia?
Dian Hanson - Comecei trabalhando com revistas adultas em 1976 em uma publicação chamada Puritan. Eu era hippie na época e achava que trabalhar para a indústria de sexo podia ser divertido e uma aventura rebelde.

Terra - E você teve alguma reação dura de sua família ou amigos?
DH - Minha mãe não ficou nada contente mas meu pai comprou secretamente todas as revistas que eu fiz na minha carreira e ficou bem orgulhoso.

Terra - Você chegou a posar para essas revistas ou em algum trabalho na sua vida?
DH - Não posei porque sou muito crítica em relação ao meu corpo - eu era muito magra e muito jovem - e eu não queria me mostrar se eu não fosse a melhor. Eu também nunca gostei que tirassem fotos minhas.

Terra - Nessa sua experiência em revistas adultas, você acredita que esse tipo de publicação diminui ou louva o corpo feminino?
DH - Pode ir para os dois lados, dependendo de como o editor trabalha isso. Nós costumávamos dizer que só havia dois caminhos: colocar a mulher no pedestal ou na sarjeta, e existe público para cada um deles. Eu escolhi deixar minhas modelos felizes porque se não fizesse teria que enfrentar sua raiva ou choro.

E na maioria das vezes isso significa colocá-las no pedestal e dar um jeito de mostrá-las da melhor maneira possível. Acontece que nem toda modelo quer ser mostrada como uma deusa inatingível. Algumas gostam de parecer indecentes e vagabundas na revista e se essa é a sua fantasia, é assim que a mostraremos. Algumas vezes é difícil para um homem compreender que há mulheres que fantasiam ser mais vagabundas, mas, acredite, muitas são assim.

Terra - O grande livro dos peitos vendeu 65 mil cópias e o do pênis, cerca de 100 mil. Como você explica o sucesso desses livros: é simplesmente o fato de mexerem com a fantasia alheia ou a maneira como elas são postas no livro, com classe e estilo?
DH - Eu não sei exatamente quanto cada um vendeu, mas os dois livros foram muitos bem e com certeza serão os bestsellers da minha carreira. E eles fizeram sucesso em múltiplos níveis. O design é muito bonito, graças a meu designer Josh Baker, e as capas são inteligentes, com uma sobrecapa em acetato transparente simulando um sutiã no caso dos peitos, e uma cueca no do pênis. Acredito, porém, que a principal atração é que o comprador está adquirindo quase 400 páginas do máximo em exemplos de partes do corpo que disparam um interesse sexual. A maioria dos homens gostam de um peito grande. Todo mundo, homens e mulheres, se impressionam com um pênis enorme. As duas coisas são raras na natureza, então ver exemplos tão bons, juntos num lugar só, é irresistível.

Terra - Uma das melhores coisas quando você é adolescente é que sexo e pornografia tem uma aura de tabu, parecendo algo proibitivo. Com isso em mente você acredita que sexo e nudez deveriam ser mais abertos ou e preferível manter a mente aberta mas guardar nossas preferências conosco?
DH - Eu acho que com a internet, o catálogo de imagens sexuais está hoje em todo lugar e acessível a qualquer um. Isso faz o sexo ser menos divertido para os jovens? Bem, nós vemos hoje nos EUA que pessoas na adolescência e nos seus 20 anos estão muito mais conservadoras que aquelas da minha idade, nascidas nos anos 50, quando estávamos na adolescência. Mas as coisas não mudaram muito. Moças mais jovens ainda tem a preocupação de serem chamadas de fáceis ou vagabundas e de que as pessoas achem imoral fazer sexo. Sempre foi assim, então talvez essa pornografia realmente não está mudando a atitude sexual das pessoas. Eu suspeito que as pessoas não encarem quem trabalha na industria pornô como "reais" e não são influenciadas pelo que elas fazem. Eu não tenho uma opinião se isso é bom ou ruim, mas acho muito interessante.

Terra - Andressa Soares, a Mulher Melancia, está representando o Brasil e a América Latina no seu novo livro. É a única brasileira lá? E por que ela e não Melanie Nunes que ganhou o título de melhor traseiro do mundo na França no ano passado?
DH - Eu pensei em contactar a Melanie antes de descobrir a Andressa, mas como eu decidi que iria entrevistar apenas três modelos que são top em suas categorias, não deu para não colocar Andressa como a campeã. Suas nádegas são maiores e fiquei convencida de sua autenticidade, enquanto eu tinha dúvidas em relação às da Melanie, porque é muito raro uma mulher ter uma bunda tão perfeita. As outras duas modelos são Buffie The Body, uma jovem que realmente começou a despertar o interesse dos americanos por uma nádega grande, e Coco T, que como Andressa, tem muitas revistas dedicadas inteiramente à sua espetacular parte posterior.

Terra - Você afirmou em uma entrevista que os homens do Hemisfério Norte estão descobrindo as bundas, especialmente porque começou a crescer um respeito pela cultura negra. Já no Brasil, estamos no caminho inverso, uma vez que muitas meninas (algumas até de 16 anos de idade) estão turbinando os peitos com silicone. Você arriscaria alguma teoria a respeito?
DH - Pessoas em todos os lugares parecem ter sido infectadas por essa tara por cirurgia plástica. Nós sabemos que pessoas atraentes tem uma vantagem na vida, então se podem arcar com isso, muitas vão pagar para maximizar suas chances de estabilidade emocional e financeira. Aqui nos EUA, as mulheres estão aumentando tanto peitos como bunda. Como no Brasil vocês são naturalmente abençoadas com bundas grandes, então elas tentam aumentar a parte de cima, para ter duas qualidades desejáveis ao invés de uma. É triste porque muitas dessas cirurgias dão errado e o peito aumentado não fica nem natural, nem atraente. Já aumentar o traseiro por plástica, fica bastante natural, e ninguém nota que é você não nasceu com ele.

Terra - O Brasil é conhecido pelos estrangeiros como um país sensual, muito graças ao Carnaval, mas por outro lado, somos um povo conservador graças à herança de colonização católica. Você já veio ao Brasil e que impressão tem do nosso país?
DH - Infelizmente eu ainda não tive o prazer de ir ao Brasil, mas tenho muitos amigos e amigas que foram e amaram. Parece que todo mundo teve alguma aventura sexual aí, incluindo uma amiga que se apaixonou e se casou com uma brasileiro. Talvez seu clima quente e abafado faça vocês serem mais conservadores na cabeça, mas liberais no corpo.

Terra - Você já explorou muitos fetiches como peitos, bundas, pernas. Qual é o próximo?
DH - Depois do Livro das bundas grandes, eu vou fazer o Grande Livro das, alguma palavra que signifique vulva, que não é vulva, porque não é uma palavra bonita. Eu vou continuar a editar livros sobre outros assuntos sexuais, mas não quero estar em dez anos fazendo um Grande livro dos cotovelos.

Calendário nerd 2010 traz atrizes pornôs em cenas de terror

A modelo Mosh toma um banho de sangue, assim como acontece com Carrie, A Estranha

Nerds do Brasil tirem seu cartão de crédito internacional da carteira! Já está me pré-venda a versão 2010 do famoso calendário Nerdcore onde mulheres belíssimas são fotografadas nuas em cenários relacionados à cultura nerd. Se 2007 retratou videogames clássicos, 2008 heróis e vilões e 2009 havia sido o ano da ficção científica (mostramos o calendário aqui), em 2010 o tema é filmes de terror, que, como todos sabem, sempre juntou nerdice com mulheres nuas.

A capa é um espetáculo, com a atriz pornô Jana Jordan reproduzinho o famoso cartaz do filme Poltergeist. Nas páginas temos Justine Joli na consagrada cena do chuveiro de Psicose, Mosh como Carrie, A Estranha , Bobbi Star como A Noiva de Frankenstein e ainda Karlie Montana e Aria Giovanni em Uma Noite Alucinante, entre muitas outras. Um detalhe legal é que, além das beldadaes, o calendário vem repleto de informações nerds como data de lançamentos de filmes, feriados nerds, aniversário de gente famosa do gênero entre atores, diretores e escritores e ainda datas fictícias do mundo dos geeks.

Quem quiser adquirir sua cópia é só entrar em http://totallynerdcore.com. Custa US$ 25 mais US$ 15 para o frete internacional. A coleção completa com os quatro calendários sai US 90 (postagem incluída). Mais ou menos o valor da sua coleção de Novos Titãs.

Especial para Terra

Os perigos do Parque Ibirapuera


Todo mundo já ouviu ou tem alguma história triste para contar sobre o Parque Ibirapuera. Desde furtos simples de relógios, câmeras fotográficas e celulares, até assaltos à mão armada, roubos de carros e pedofilia.

Agora, ver tudo isso mapeado é assustador!


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

http://br.noticias.yahoo.com/especiais/id_listas.html

Saramago volta a atacar a Bíblia e seu Deus

Qua, 21 Out, 04h45

LISBOA, Portugal (AFP) - O escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura em 1998, voltou a arremeter contra a Bíblia nesta quarta-feira, criticando sua "violência" e seu Deus, "que é uma pessoa ruim", reavivando a polêmica levantada por seus comentários por ocasião do lançamento de seu novo livro, "Caim".

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O romancista português, conhecido por suas posições de esquerda e seu gosto pela provocação, disse no domingo que a Bíblia é um "manual de maus costumes". Seu mais recente livro conta, com bastante ironia, a história de Caim, filho de Adão e Eva que matou o irmão Abel.

Suas declarações irritaram membros da Igreja Católica, que o acusou de ter ofendido os católicos e de fazer uma "operação publicitária".

O Prêmio Nobel, no entanto, voltou a falar nesta quarta-feira.

"O Deus da Bíblia é vingativo, rancoroso, má pessoa e não é confiável", declarou Saramago, de 86 anos.

"Na Bíblia há crueldade, incestos, violência de todo tipo, carnificinas. Isso não pode ser desmentido; mas bastou que eu o dissesse para suscitar esta polêmica", ressaltou.

"Há incompreensões, já sabemos que sim, resistências, também sabemos que sim, ódios antigos", disse Saramago, durante uma entrevista coletiva perto de Lisboa.

"Sou uma pessoa que gera anticorpos em muita gente, mas não ligo. Continuo fazendo meu trabalho".

E voltou suas baterias contra a Igreja.

"O que eles querem e não conseguem é colocar ao lado de cada leitor da Bíblia um teólogo que diga à pessoa que aquilo não é assim, que é preciso fazer uma interpretação simbólica, e a isto chamam exegese", estimou.

Mas, continuou, "o direito de refletir sobre isso de de todos nós", e denunciou "a intolerância das religiões organizadas".

"Às vezes dizem que sou valente. Talvez seja valente porque hoje não há Inquisição. Se houvesse, talvez não teria escrito este livro. Me apóio na liberdade de expressão para poder escrever", ponderou o escritor, que diz estar preparando um novo livro para o ano que vem sobre um tema completamente diferente.

"Espero que não seja tão polêmico. No ando atrás das polêmicas. Tenho convicções e as expresso", concluiu o autor de "Ensaio sobre a cegueira.

domingo, 18 de outubro de 2009

Ácido hialurônico pode ser usado para aumentar seios

Turbinar os seios é o sonho de inúmeras brasileiras, tanto que uma recente pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) revelou que o procedimento para aumento de mamas representa 21% das intervenções estéticas e ocupa o primeiro lugar no ranking de cirurgias plásticas no Brasil. A demanda, portanto, gera o desenvolvimento de novas técnicas, como a aplicação do ácido hialurônico para aumentar os seios. A substância é conhecida pela excelente indicação no tratamento de rugas faciais e sulcos, com resultados seguros e previsíveis há 15 anos.

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Apesar de ser um procedimento não-invasivo e sem anestesia para aumentar os seios, gera controvérsias na comunidade médica. Por isso, quem gosta de novidades é bom ir devagar. "Esse tipo de aplicação do ácido hialurônico ainda não possui estudos científicos que avaliem os reais efeitos ou complicações que ele pode trazer para a beleza e saúde da mulher", disse Alexandre Mendonça Munhoz, especialista em cirurgia plástica de mama e oncoplástica, membro especialista e titular da SBCP. Além disso, ele afirma que, como a substância é reabsorvível, o volume pode diminuir num prazo curto em comparação com o efeito da prótese.

Em 2006, na Suécia, iniciou-se um estudo para avaliar o uso do ácido hialurônico de última geração (Macrolane) no tratamento de irregularidades do contorno corporal. Nesse estudo, que é o único publicado no mundo sobre aumento de mama, divulgado em 2009, um dos grupos avaliados era de pacientes com hipomastia (mamas pequenas). Na pesquisa, 19 pacientes foram submetidas à injeção de ácido hialurônico com volume médio de 200ml na posição atrás da glândula mamária e na frente do músculo peitoral.

Com dois anos de acompanhamento, 40% do volume inicial injetado ainda permaneciam. Dentre as principais complicações, o estudo observou reações como dor intensa durante a injeção, reação local e endurecimento e processo inflamatório temporário. Segundo os autores, no acompanhamento de dois anos com mamografia e ultrassom não foram observadas alterações importantes, como nódulos e calcificações, porém o acompanhamento ainda continua.

O ácido hialurônico é um polímero da família dos polissacarídeos, biocompatível e utilizado em larga escala desde a década de 1990 para o tratamento de rugas e pequenas depressões cutâneas. Normalmente, são pequenos volumes (de 1 a 5ml) injetados dentro da camada dérmica da pele. A partir de meados do ano 2000, novas aplicações clínicas começaram a surgir devido à evolução da produção do polímero desse ácido, bem como maior pureza da molécula e, por consequência, menor reação local. Esses polímeros mais modernos começaram a ser indicados, portanto, para o tratamento de depressões cutâneas, pós-lipoaspiração e sequelas profundas de acne com irregularidades na face.

Consequências
Segundo Munhoz, a aplicação de ácido hialurônico pode acarretar infiltração no músculo peitoral ou mesmo dentro da glândula mamária, o que pode levar à formação de nódulos ou calcificações que atrapalhariam o acompanhamento com mamografia e ultrassom. Como existe a necessidade de injeção de grandes volumes (mais de 100ml) para se obter um bom resultado, a chance de erro na injeção ou mesmo de reação local (inflamação) é muito maior.

De acordo com Munhoz, até o momento não há estudos que avaliem ainda se grandes volumes de ácido hialurônico poderiam ser absorvidos pelos vasos linfáticos e chegar à circulação sanguínea, o que causaria embolia no fígado, rins ou outro órgão vital.

Também não existem dados sobre as consequências desse procedimento na amamentação. "Teoricamente não há riscos, desde que a injeção tenha sido feita totalmente na região correta. Mas nada impede que algumas moléculas cheguem aos lóbulos mamários (por difusão direta ou por erro na aplicação) e entrem em contato com o leite materno. Há a necessidade de estudos futuros, porque o trabalho sueco não avaliou essa questão", disse o médico.

sábado, 3 de outubro de 2009

De volta à USP

Estudei na USP de 1992 a 1997. Foi uma das melhores e também piores épocas da minha vida. Das melhores porque, como não tinha a menor vontade de me diplomar em Letras [só me formei em Propaganda para ter acesso ao terceiro grau e assim garantir uma cela especial em caso de a casa cair], fui lá realmente para estudar. As festas eram péssimas [as melhores sempre eram da História, com suas meninas soltinhas, e da Química, não preciso explicar por quê], as garotas estavam, digamos, mais para Nélida Piñon que para Lygia Fagundes Telles, e os colegas, na média, eram nerds, malas, burocratas e depressivos crônicos. Fiz poucos e raros amigos; lia praticamente uns cinco livros por semana [na época pegava tipo NOVE conduções por dia, believe it].

Mas os nove busos não eram a pior parte. O que pegava era a ausência total de debate sobre a literatura contemporânea. Aliás, nem contemporânea – moderna, que fosse. O único professor interessado em escritores vivos era o Ariovaldo Vidal, que publicou a primeira obra crítica sobre Rubem Fonseca [vá lá, nascido em 1925...]. Assisti a ótimos cursos, como os de literatura brasileira com o grande João Adolfo Hansen, os excelentes Davi Arrigucci, Alfredo Bosi, Luís Tatit, Valentim Facioli, Zé Miguel Wisnik [na época eu não sabia que ele era adicto de polichinelos], o Ariovaldo, a genial Angélica Chiappetta… dos malas, não me lembro: se a aula não me interessasse, não via; só ia lá pra me divertir [na época eu não tinha grana pra TV a cabo].

Mas, apesar das aulas magnas, me incomodava que ninguém estivesse nem aí para o que era produzido exatamente naquela época [Marçal e Bonassi já estavam em plena atividade, isso pra não falar do povo que havia começado um tempo antes, como Glauco Mattoso, João Gilberto Noll, Valêncio Xavier, Luiz Vilela, Manoel Carlos Karam, Sérgio Sant'Anna etc etc]. Era espantosa a falta de interesse – e de conhecimento – dos professores, e, muito pior, dos colegas. Como se literatura fosse assunto apenas para médicos legistas. Passados cinco anos, saquei que não queria entrar pelo cânone. Ganhei um prêmio com um roteiro de cinema no Nascente, que me deu a chance de publicar por uma editora da universidade meu primeiro livro, e caí fora.

Eis que retorno. Como cadáver para os legistas. Além do trabalho inovador do Quadrado sobre a prosa do Joca e seus colegas de Mercearia, digo, de literatura, tem um semiótico maluco, o Antonio Vicente Pietroforte, estudando meus textos. Ele criou um curso de literatura brasileira contemporânea, que começa a ser ministrado em março. Estou em boa companhia – meu colega de classe é, de novo, o careca terronista. Na real, não sei mesmo se é bom ou é ruim ser, hum, “aceito” pela academia. Hoje, percebo que a irritação com a ignorância da universidade só reforçou minha sede em relação aos contemporâneos – se eu os tivesse conhecido lá, iria mesmo preferir lê-los em lugar de escarafunchar Cabral, Machado, Rosa, Vieira, Clarice? O bom de entrar no ventre da baleia é ser depois cuspido por ela.

Segue aí o programa. Pensando bem, talvez para estudantes de Letras não seja tão interessante o curso do Pietroforte. Mas para resenhistas, críticos e jornalistas…

Curso de pós-graduação a respeito da Literatura Brasileira na virada do século XX para o XXI. Ministrado na Letras-USP, a partir de março, todas as terças feiras, das 14h às 17h, no prédio de Letras, da FFLCH-USP. Semiótica aplicada ao estudo da literatura / uma abordagem semiótica da literatura brasileira na virada do século XX para o século XXI. Conteúdo:

1ª aula:
A concepção esquerdista de análise literária;
Estudo do texto “Lírica e sociedade”, de Teodoro Adorno.

2ª aula
A análise do discurso;
Estudo do texto “Lírica e lugar comum”, de Francisco Achcar.

3ª aula
Semiótica e literatura;
Estudo dos textos “A sistemática das isotopias”, de François Rastier; “As palavras sob as palavras”, de Ferdinand de Saussure; “O engenho de Cláudio”, de Edward Lopes.

4ª aula
Os regimes de interação social;
Estudo dos textos “Êtes-vous arpenteur ou somnambule? L’elaboration d’une typologie comportementale des voyager du mêtro” e “Diário de um bebedor de cerveja”, de Jean-Marie Floch;
Por um modelo de sistematização da dicção dos poetas contemporâneos.

5ª aula
O poeta pregador;
Estudo do poema “Uivo”, de Allen Guinsberg;
Estudo dos poemas de Roberto Piva;
Estudo do romance “Sexo do crepúsculo”, de Jorge Mautner.

6ª aula
O poeta lingüista;
Estudo do poema “Um lance de dados jamais abolirá o acaso”;
Estudo da poesia de E E Cummings;
A poesia concreta;
Semiótica e literatura de acordo com Décio Pignatari.

7ª aula
A poesia de Arnaldo Antunes
A poesia de Delmo Montenegro

8ª aula
O poeta conversador;
As literaturas engajadas;
A literatura negra e a poesia de Cuti;
A literatura de esquerda e a poesia de Ferreira Gullar;
A literatura homoerótica e poesia de Horácio Costa.

9ª aula
O poeta arquiteto;
A poesia de João Cabral de Melo Neto;
A poesia de Carlos Drummond de Andrade;
A poesia de Glauco Mattoso.

10ª aula
A poesia de Frederico Barbosa e Ademir Assunção;
A poesia de Alice Ruiz;
A poesia de Virna Teixeira;
A poesia de Fabiano Calixto;
A poesia de Cláudio Daniel.

11ª aula
O neo-barroco;
A antologia “Jardim de camaleões”, de Cláudio Daniel.

12ª aula
Estudo do texto “Tués dans l’oeuf / lês enjeux sémiotique des différentes philosophie de pub”;
Por uma sistematização da prosa em torno das funções referencial e construtiva da linguagem.

13ª aula
A prosa e a poesia de Joca Terron;
A prosa de Ronaldo Bressane.

14ª aula
A prosa de Marcelino Freire;
A poesia Maloqueirista de São Paulo;
Ferréz e o Capão Redondo.

15ª aula
Chacal e a poesia do Rio de Janeiro;
As revistas Estação Recife e Invenção Recife.

http://impostor.wordpress.com/2006/12/22/de-volta-a-usp/

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